Marcello Medeiros
O crescimento populacional, na maioria das vezes, não é acompanhado por investimentos que permitam que os bairros não sofram com problemas gerados pelo aumento do número de moradores, veículos e outras situações. Em Teresópolis, um desses exemplos envolve um único acesso para dez localidades, cada vez mais povoadas. Quem mora na Cascata do Imbuí, Caleme, Campo Grande, Granja Florestal, Posse, entre outros, diariamente precisa encarar um grande engarrafamento para acessar a BR-495, no trecho conhecido como Avenida Presidente Rooselvet. Uma solução que está no campo das ideias há alguns anos, e que fica cada vez mais evidente que precisa sair do papel, é a construção de um novo acesso que permita dividir o pesado fluxo de veículos nessa área. O assunto voltou a ser discutido na Câmara Municipal de Teresópolis. Na sessão da última terça-feira (14), o vereador José Carlos Santos, o Cacau Repórter, apresentou uma Moção Legislativa indicando a necessidade de construção de uma ponte ligando a Cascata do Imbuí à região da Barra.

“Esse pedido nosso da construção de uma segunda ponte na Ponte do Imbuí ou na Cascata do Imbuí é por conta da necessidade do crescimento dos bairros. A gente vê o crescimento imobiliário, as pessoas com dificuldade de sair de todos os bairros daquela região, então deixamos à vontade para que o executivo procure, por exemplo, uma parceria com o estado para a criação desse segundo acesso, por conta desse único entroncamento que tem na BR-495, no trecho que é administrado pelo DNIT. Há muita dificuldade atravessar ali, por isso é preciso uma parceria do estado para construir um segundo acesso para facilitar mobilidade naquela região”, pontuou Cacau, que teve o pedido aprovado por unanimidade.
Em entrevista ao Diário, o vereador informou que ainda não há atualmente não há sequer um estudo em andamento para tirar um projeto desse porte do papel, mas espera que os engenheiros da prefeitura, provocados pelo pedido feito no legislativo, iniciem o levantamento para a construção do importante acesso. Um dos locais que poderia receber uma nova ponte é onde, até antes da Tragédia de 2011, havia uma grande passarela que conectava a Cascata do Imbuí e o Golf, pelas ruas Léo Vitor e Francisco Lisboa. A partir desse ponto, o motorista poderia que estivesse em direção ao Centro seguir até a Barra do Imbuí ou Espanhol, pegando ali a Presidente Roosevelt. No sentido contrário, seria encurtado o trajeto até bairros como Cascata do Imbuí, Posse, Campo Grande e Salaco, por exemplo.

Engarrafamentos diários
A cada ano que passa, são construídos mais condomínios e consequentemente há mais veículos circulando nos tranquilos bairros que têm na vizinhança unidades de conservação ambiental como o Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis e o Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Mais, se por um lado o ar é mais puro, há mais pássaros cantando e o clima é mais ameno, o trânsito tem ficado semelhante à Várzea, por exemplo. Basta um único motorista ter dificuldades para sair da ladeira que conecta a Ponte do Imbuí ao trecho em frente ao Hotel Sesc Alpina para o trânsito começar a ficar lento e até parar por quilômetros. Quase que diariamente, a Guarda Civil Municipal tem mantido um agente no local nos horários de pico, como por volta das 7h, mas isso não tem sido suficiente para evitar que motoristas que residem para os lados do Parque do Imbuí ou Granja Florestal tenham que esperar por um longo período até que o trânsito comece a fluir.