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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Paróquia de Santo Antônio terá fachada similar ao templo antigo

Comunidade comemora o Jubileu de 170 anos com projeto que une tradição e modernidade

Luiz Bandeira

A Paróquia de Santo Antônio, no bairro do Alto, celebra em 2025 um marco histórico: o Jubileu de 170 anos de fundação. Para marcar a data, a comunidade católica prepara uma grande novidade — a construção da nova fachada no templo mais moderno, que promete unir tradição e modernidade e emocionar os fiéis que acompanham a trajetória da paróquia mais antiga de Teresópolis. Em entrevista, o pároco padre Renato Andrade destacou a importância da celebração e do projeto. “É um ano muito especial para nós. A paróquia foi fundada em 1855, e nesses 170 anos queremos celebrar nossa história olhando para o futuro”, afirmou.
O novo projeto busca harmonizar o antigo e o novo templo. “Sempre acontece esse choque de realidades”, explicou padre Renato. “O novo templo é bonito e moderno, mas ainda faltava aquele toque que remetesse à antiga igreja, à nossa memória afetiva. Com a nova fachada, as duas construções vão se assemelhar, mantendo a identidade da paróquia dentro de uma arquitetura contemporânea.”
O projeto, assinado pelo arquiteto teresopolitano Roberto de Carvalho, será financiado inteiramente com doações da comunidade. “Costumo dizer que todo mundo em Teresópolis tem uma história com Santo Antônio. Antes de existir a cidade, já existia a igreja”, relembrou o pároco. “Estamos pedindo a colaboração de todos. Criamos um QR Code e um carnê para quem quiser contribuir. Cada ajuda é valiosa.”

“Nosso objetivo é inaugurar a nova fachada já na próxima festa de Santo Antônio, em junho do ano que vem”, destaca o Padre Renato Andrade

Promessa de obra rápida
A expectativa é de que as obras comecem no final de novembro, após a conclusão das etapas legais. “Estamos em fase de legalização. Se Deus quiser, iniciaremos na última semana de novembro”, adiantou. E, contrariando o ditado popular de que ‘obra de igreja é demorada’, padre Renato demonstra confiança e otimismo: “Antigamente era mais difícil, mas hoje temos muitos recursos na construção civil. Faltam-nos recursos financeiros, mas temos fé e o apoio da comunidade. Nosso objetivo é inaugurar a nova fachada já na próxima festa de Santo Antônio, em junho do ano que vem.”
Com fé e união, a Paróquia de Santo Antônio reafirma sua missão de evangelizar e servir, preservando suas raízes e preparando-se para o futuro. “Essa é uma história que pertence a toda Teresópolis”, conclui o padre.

A história da Paróquia de Santo Antônio se confunde com a própria formação de Teresópolis

Santo Antônio e história de Teresópolis

A história da Paróquia de Santo Antônio se confunde com a própria formação de Teresópolis. Em 22 de abril de 1855, a Capela de Santo Antônio do Paquequer foi elevada à condição de matriz pelo cônego José Antônio da Silva Chaves. Poucos meses depois, em 25 de outubro, a Lei Provincial nº 829 criou a Freguesia de Santo Antônio do Paquequer, oficializando sua elevação à paróquia — um decreto que trazia, pela primeira vez, a menção ao nome “Therezopolis”.
Em abril de 1877, os limites territoriais da freguesia foram demarcados pela Deliberação de 26 de abril, expedida pela 2ª Subdelegacia de Polícia das Freguesias de Nossa Senhora da Piedade e Nossa Senhora da Ajuda de Guapimirim. Desde o início, a participação popular foi determinante: o Artigo 2º do decreto de criação da capela já destacava a contribuição dos moradores locais para a construção, evidenciando o envolvimento da comunidade.
Após a bênção da igreja e a celebração da primeira missa, passaram a ser ministrados diversos sacramentos no local, incluindo crismas, além da sagração do cemitério, reforçando o caráter religioso do espaço.
Da primeira capela, não há registros fotográficos, apenas a imagem distante de sua torre, em um raro registro do fotógrafo Leuzinger (1813–1892), que pretendia retratar os dois lados da então Rua Bragantina — atual Avenida Oliveira Botelho, no Alto.
A segunda capela foi inaugurada em 1906, sendo demolida no final da década de 1930. Ela ocupava uma quadra entre as atuais ruas Sebastião Lacerda (antiga Parnaíba) e Ademar Rizzi Lippi (antiga Potengi), em um terreno de 10 mil metros quadrados doado em 1899 pela Companhia Estrada de Ferro Therezópolis, de José Augusto Vieira, pai de Armando Vieira.
O atual templo, o terceiro dedicado a Santo Antônio, foi construído quase em frente ao local da antiga capela, nas proximidades do antigo cemitério do Alto, entre as ruas Gonçalo de Castro e Melo Franco. A obra foi uma iniciativa do inglês Henry Wilmot Sloper (1869–1938), importante figura na história local, que a construiu e doou em homenagem à sua esposa falecida, Jeanne Françoise Odine Sloper. O projeto arquitetônico foi assinado por Anton Fleuderer, e a matriz foi transferida da antiga sede na Praça Melo Peçanha (antiga Praça Bragantina) para o novo templo na Avenida Oliveira Botelho, no bairro do Alto.
Durante décadas, esse templo acolheu gerações de fiéis. Com o passar do tempo e o aumento da população — e, com ela, o número de devotos —, tornou-se necessária a construção de um novo e mais amplo templo ao lado da antiga paróquia. Agora, essa nova casa de fé ganhará uma identidade visual renovada, em homenagem ao Jubileu de 170 anos da Paróquia de Santo Antônio do Paquequer.


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Edição 25/10/2025
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