No último sábado (06), uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro realizou, em Petrópolis, o resgate de um cavalo que caiu em uma cisterna desativada localizada dentro de uma área de mata. O animal havia desaparecido durante a noite e foi encontrado pelos proprietários apenas horas depois, preso em uma abertura estreita e sem possibilidade de sair sozinho.
O local apresentava grandes desafios para a operação. A cisterna, coberta por telhas, ficava em terreno irregular, típico da Região Serrana, e não permitia o acesso de viaturas ou maquinários de apoio. Diante disso, os militares tiveram que adotar técnicas manuais de resgate. Antes da intervenção, a equipe fez contato com especialistas e definiu três possíveis estratégias: içamento com tripé, flutuação do animal ou remoção por plano inclinado.
Após avaliá-las no local, a guarnição concluiu que a opção mais segura e viável seria o plano inclinado. Os militares utilizaram tapumes do quartel e partes de um tripé específico para resgate de grandes animais, adaptando o equipamento como rampa. O cavalo foi protegido com lona e teve os olhos cobertos para reduzir o estresse durante o procedimento. A equipe montou um sistema de multiplicação de força para realizar o tracionamento.

Com a técnica aplicada, os bombeiros conseguiram retirar o cavalo da cisterna na primeira tentativa. A etapa mais delicada ocorreu após o resgate: o animal demorou a conseguir se levantar, exigindo apoio contínuo da equipe até que estivesse de pé e seguro. O cavalo não apresentou ferimentos graves e se recuperou bem após o salvamento. O preparo técnico aliado à adaptação de equipamentos foi fundamental para o sucesso da operação em um cenário tão restritivo.










