Quem se der ao trabalho de assistir às reuniões da Comissão Parlamentar de Inquérito que tem como objetivo investigar os descontos ocorridos nas folhas de pagamento dos aposentados e pensionistas do INSS – “fraudes do INSS” – verá que estou certo no que vou escrever em seguida, do mesmo modo que as pessoas que só passaram os olhos nas notícias vindas de lá. Os encontros têm sido reuniões de deputados federais e senadores que só desejam aparecer e facilitar a criação de vídeos que circulam na internet.
Se o desejo daquela turma fosse mesmo o de apurar o que houve e saber se o que houve é crime para punir e impedir novas ocorrências, tudo aconteceria diferente. Os deputados federais e senadores agiriam como um colegiado, reunindo e compartilhando informações antes das oportunidade de ouvirem os depoentes e envolvidos no caso. As assessorias dos parlamentares agiriam em conjunto para construir as perguntas e apurar. Mas, não é o que acontece por lá.
Há gritarias e ofensas entre parlamentares, depoentes e advogados; entre os próprios parlamentares com troca de acusações. Tudo o que acontece lá faz com que o assunto perca o interesse da população. E não foi diferente na Comissão Parlamentar de Inquérito que teve como objetivo investigar as empresas de apostas (BETS) e que terminou sem resultado algum.
É mesmo lamentável! É caro. Bem caro. Por tudo o que tenho visto, lido e ouvido, do trabalho que os deputados federais e senadores realizam no Congresso Nacional diante do que conheci em outras legislaturas (tempo dos mandatos), garanto a vocês, leitores, o povo brasileiro paga hoje os salários dos piores parlamentares de toda a história do Congresso Nacional. É gente ruim de fato. Totalmente despreparada. Mas, gente escolhida pelo povo, que terá a chance de mandar todos embora no próximo ano. Quase todos, pois, no caso do Senado, só dois terços das cadeiras estarão em disputa. Aqui no nosso estado, as cadeiras dos senadores Carlos Portinho e Flávio Bolsonaro. O senador Romário ainda terá quatro anos de mandato.
