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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Vale dos Frades recebeu 2522 visitantes no último domingo de verão

Associação de moradores denuncia diversos problemas e alerta para necessidade de intervenções

Marcello Medeiros

Já foi destaque em diversas reportagens do Diário que o Vale dos Frades é um dos locais mais bonitos de Teresópolis, portanto uma daquelas regiões onde um refúgio de fim de semana é o sonho de muita gente. Porém, a desordem causada pelo turismo predatório tem deixado os privilegiados moradores dessa região estressados em praticamente todos os finais de semana, principalmente no período de verão. No domingo passado, por exemplo, o último do verão e com muito sol, foi registrada a presença de 2522 visitantes na localidade do Terceiro Distrito de Teresópolis. A grande maioria utiliza carros, ocupando todas as margens da estrada principal e das adjacentes, mesmo onde há placas indicando proibição, lixo é deixado às margens das cachoeiras e rios, diversas caixas de som disputam quem tem o maior volume, além de invasões de áreas particulares realizadas por pessoas interessadas em conseguir um lugar para se refrescar.

“A AMOFRADES, juntamente com a APAFRADES e Defesa Civil, fez um trabalho de orientação e educação junto aos visitantes. Porém, o som alto, churrasco e lixo descartado de forma errônea continuaram. Assim como o estacionamento irregular ao longo da via, obstruindo o ir e vir das pessoas. Virou terra de ninguém! Estamos no terceiro ano da Operação Verão e o município não efetivou as ações pesquisadas e apontadas pela comunidade através da AMOFRADES. Algumas são soluções simples”, informou a Associação de Moradores, em alerta encaminhado à redação do Diário.
Ainda segundo a AMOFRADES, a baderna do último domingo foi denunciada às autoridades. “Desde as 10h30 o Conselho Executivo comunicou aos órgãos competentes sobre as irregularidades e pediu reforço policial. Durante a semana também foi tentada a Guarda Montada no local para auxiliar no controle, o que também não foi efetivado. Vários carros com capacidade de pessoas acima do limite permitido, como também acima do limite de velocidade em uma via rural. Pedimos apenas condições para um acesso e uso ordeiro. Várias propriedades sofrerão invasão. Até quando o descaso irá perdurar?”, questionam.
Com o fim do verão, a expectativa é a redução gradual da visitação nas próximas semanas. Porém, é preciso começar a organizar o esquema de acesso para o próximo período de calor, visto que, da maneira que tem ocorrido, em breve todos os acessos de rios e cachoeiras podem ser fechados e a toda a população prejudicada por conta da ação de pessoas não respeitam o próximo.


Seja educado
Quando visitar ambientes naturais, não leve nada a não ser boas lembranças, não tire nada a não ser fotografias e não deixe nada a não ser pegadas. Respeitar a natureza é respeitar nossas futuras gerações. Nunca é demais lembrar que ambientais naturais não têm pessoas responsáveis pela limpeza e coleta de detritos, portanto é de responsabilidade de cada um levar de volta o lixo que gerou.
Muita atenção
Outra dica é ter muito cuidado ao se banhar em rios em cachoeiras. Esses ambientes também não contam com guarda-vidas ou outros profissionais que possam auxiliar em caso de afogamento ou mergulhos mal sucedidos. Além disso, fundos de rio podem esconder pedras e outros riscos que podem causar acidentes até fatais. Mais um conselho é ficar atento ao nível do curso d´água. Se começarem a surgir folhas e galhos e o nível começar a subir, saia imediatamente e se afaste, pois pode estar em curso uma cabeça d´água, fenômeno que ocorre nas partes de montanha e nascentes dos rios e, consequentemente, longe dos olhares dos banhistas.

Vale frisar que mesmo a cachoeira principal, que leva o nome da região, fica em uma área particular e que, diante do apresentado, em breve pode ser fechada. Foto: Marcello Medeiros


Edição 10/10/2024
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