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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Abandonado, prédio de escola em Teresópolis representa risco para vizinhos

A Escola Municipal Hermínia Josetti, importante unidade educacional da rede municipal de ensino de Teresópolis que atendia alunos moradores da Tijuca, Bom Retiro, Ermitage e outros bairros próximos, está completamente abandonada desde quando o governo municipal decidiu deixar o prédio onde funcionava ao lado da Igreja de São João Batista, na Rua Yeda, Tijuca devido a necessidade de reforma. Os alunos foram relocados em outro imóvel, porém menor, na mesma Rua Yeda e por ser menor, nem todos os alunos que estavam matriculados ficaram na escola no novo imóvel e foram matriculados em outras unidades escolares. A prometida reforma até hoje não saiu e agora moradores vizinhos reclamam que o prédio abandonado vem gerando prejuízos e certa preocupação. Nesta quinta-feira, a espectadora da Diário TV Célia Fernandes recorreu a nossa reportagem para relatar suas preocupações e também para reivindicar seus direitos como contribuinte, apontando problemas gerados pelo descaso com o prédio público.

A residência da Dona Célia fica exatamente ao lado da parte dos fundos da escola, onde há uma conexão da galeria de águas pluviais com um sistema antigo de manilhas, essa estrutura não está dando conta de escoar as águas de chuvas mais intensas, essa água acumula e invade residências na Rua Roberto Rosa, inclusive das vizinhas Célia e Angélica. Célia Fernandes conta que a escola deixou de funcionar no prédio antigo depois de uma enchente, mas diz também que nunca viu movimento de obras no local. “A escola Hermínia Josetti se mudou daqui quando teve uma chuva muito forte e eles alugaram uma casa perto do açougue da Tijuca, as crianças estão tendo aula ali. Obra não, nunca vi obra”. Dona Célia informou que mantém uma relação de proximidade com a diretora da Hermínia Josetti e que quando faz alguma solicitação é bem atendida. “Quando eu peço para a diretora pra vir aqui fazer uma capina, eu sou muito bem atendida, ela sempre me atende, os trabalhadores vêm fazem a capina, mas mato todo mês cresce tem que manter baixo e ali tem uma cratera muito grande”.

Segundo informação de moradores, escola abandonada vem potencializando alagamentos na Rua Roberto Rosa na Tijuca

Alagamentos

A questão do abandono nem é o maior dos problemas da vizinha da escola abandonada pelo governo municipal. Dona Célia conta que a chuva é que a deixa apreensiva. “Quando chove ai é que vem o problema, a gente não dorme, eu por exemplo, tomo até remédio porque eu fico muito apreensiva com a chuva e enche todo o meu quintal, a minha vizinha já perdeu dois muros, a gente aqui não consegue fazer o muro pra conter a água, porque depende da escola. O quintal está cedendo em virtude de lá ser mais baixo do que aqui”, reclama a moradora da Tijuca, que informou ainda que nesta chuva de segunda-feira passada ficou muito assustada.

Invasões

Célia Fernandes acredita que “se a prefeitura tivesse um pouco de boa vontade de vir trocar as manilhas danificadas na galeria, a gente não ia ter mais esse problema e íamos conseguir fazer o nosso muro e viver em paz, a escola aqui até faz falta”. Ela e seu marido relataram ainda para nossa reportagem que pessoas estão invadindo a escola abandonada. “À noite a gente tem escutado pessoas andando no pátio da escola, eu já ouvi, eu e meu marido a gente fica aqui um pouco apreensivo”. Célia disse também que já reclamou na prefeitura dos problemas com os quais precisa conviver, mas disse também que até hoje ninguém lhe deu retorno da sua demanda, “Em relação à galeria meu cunhado já reclamou, foi na Defesa Civil, na Secretaria de Obras, mas até hoje não tivemos um retorno”.

Célia Fernandes, vizinha da escola abandonada relata que pessoas estão invadindo o prédio à noite

Outras vítimas

Ao lado da casa de Dona Célia mora um casal de idosos que já passou maus bocados durante chuvas fortes no bairro da Tijuca, contabilizando prejuízos. Angélica Salviano, de 84 anos, disse que a escola abandona está causando problemas. “O abandono da Hermínia Josetti está nos prejudicando totalmente, porque houve o abandono lá, encheu com a chuva, quebrou o muro e ai veio pra cá, prejudicou muito”, relatou Dona Angélica. Seu filho, Carlos, também relatou os problemas que a família vive. “Perdemos dois carros, três muros caíram em 2012 e 2018. Agora nós fizemos um muro bem reforçado. Todas as portas têm comportas. A minha mãe teve um vez que precisou subir em cima de cadeiras pra não ficar dentro d’água”. Dona Angélica pontuou que os problemas vêm acontecendo de uns dez anos pra cá. “E assim a gente está né, eu com 84 anos, meu marido com 86, não é brincadeira. A gente mora aqui há 37 anos, de 2012 pra cá é que está acontecendo isso, isso nunca tinha acontecido”.

O que diz a prefeitura

Em nota a assessoria de comunicação do governo municipal informou que:  “Com relação aos questionamentos sobre a estrutura da Escola M. Hermínia Josetti, a Assessoria de Comunicação Social aguarda posicionamento da Secretaria M. de Obras Públicas. Quanto à segurança no local, a Secretaria M. de Segurança Pública informa que não recebeu nenhuma denúncia referente ao assunto e que vai realizar rondas no entorno da unidade. A Secretaria M. de Educação informa que está sendo elaborado processo licitatório para a reforma completa da escola e que, atualmente, os alunos estão alocados em prédio alugado pelo município na mesma rua onde está localizada a Hermínia Josetti”.

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Edição 10/05/2024
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