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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Acusado do crime de pedofilia é preso em Teresópolis

Homem tinha celular com imagens de sexo com crianças e participava de grupo criminoso no Telegram

Marcello Medeiros
Isla Gomes

Investigação envolvendo a Polícia Civil e o Ministério Público, com apoio da PM para cumprimento de ordem judicial, terminou com a prisão de um homem de 28 anos, morador do Meudon, acusado do crime de pedofilia em Teresópolis. Ele estava sendo investigado há alguns meses, depois de ter sido denunciado pela então esposa: segundo a polícia, ela havia encontrado no telefone dele diversas imagens de sexo envolvendo crianças e adultos. O aparelho foi entregue na 110ª DP e ele começou a ser investigado. “Essa mulher foi extremamente corajosa, viu que ele tinha no celular um aplicativo especializado em pornografia infantil e também um grupo no Telegram especializado em pornografia de crianças. Havia imagens de sexo entre as crianças e de sexo entre adultos e crianças. Iniciamos a investigação e observamos que diversas pessoas participavam e difundiam pornografia infantil”, relatou ao Diário o Delegado Marcio Dubugras.

“A investigação continua, outras pessoas estão sendo investigadas”, destaca o Delegado Marcio Dubugras. Foto: Isla Gomes/Diário

A 4ª Promotoria de Justiça Criminal de Teresópolis informa que foi cumprido o mandado de prisão após ter sido ajuizada denúncia pedindo a prisão do acusado. O pedido de prisão foi deferido pelo juízo da 1ª Vara Criminal com base no que foi apresentado no trabalho realizado pela polícia, com informações da denunciante. Atualmente residente no Meudon, ele morava anteriormente no Caleme.
“Ele vai responder por pena de um a quatro anos. Vai ficar preso, torcemos que seja pelo máximo de tempo possível. É um absurdo o que essa pessoa estava fazendo, incentivando a pornografia de crianças, pessoas vulneráveis forçadas a cometer atos libidinosos contra a sua vontade. Essa é mais uma demonstração que mulheres têm coragem denunciar e tem que denunciar, sabem mal que pode causar para crianças. Ela observou que poder gerar um problema dentro da própria casa e fez a denúncia. Foi uma atitude humana pedindo que fosse feita alguma coisa”, pontua Dubugras.

Criminoso recorrente
Ainda segundo as investigações, o teresopolitano não costumava levar o aparelho para casa e, após a denúncia, teria alegado pertencer a um colega de trabalho. “A mulher relatou que era viciado em pornografia e há muito tempo fazia isso. Ele usava o telefone escondido de sua mulher. Só usava quando estava trabalhando. Aí uma vez ele levou para casa e ela, sabendo do seu modus operandi, verificou e encontrou as cenas absurdas no celular”, conta o Delegado. O homem está em unidade prisional da Polinter, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele já tem passagens por tráfico e posse de drogas e associação criminosa envolvendo torcida de futebol. “Acho que a pena é até pouca. Tinha que pegar uns 20 anos de prisão. Esse tipo de gente alimenta um mercado negro de prostituição de crianças que só vai ter fim quando houver penas proporcionais”, enfatiza Dubugras.

Outros pedófilos
Também de acordo com o Delegado Titular da 110ª DP, outros pedófilos podem ser presos em breve com as informações obtidas no celular do morador do Meudon. “A investigação continua, outras pessoas estão sendo investigadas. Foi importante tirar esse homem de circulação, mas é uma investigação complexa, envolve um grupo de comunicação como esse, onde muitos não usam seus nomes, estão com números registrados em nomes de terceiros”, explica.


Edição 23/11/2024
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