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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Agricultura faz levantamento da situação das pontes do interior

Secretário destaca prioridades e importância da participação popular na manutenção das passagens

Marcello Medeiros

Na edição desta terça-feira (23) O DIÁRIO destacou a crítica situação da ponte que dá acesso a Serra de Vieira, no Terceiro Distrito de Teresópolis. Na reportagem, a denúncia de um problema que pode se agravar nos próximos dias e que pode deixar uma grande comunidade sem ter como escoar a produção rural de forma adequada ou crianças de irem para a escola, por exemplo. Na repercussão do assunto, a leitora Giliane Pacheco destacou que “a ponte esta precária e não é a única! Aí passa ônibus escolar e caminhões de verdura”. Para ampliar a discussão sobre o tema que afeta centenas de famílias e pode prejudicar ainda muitos estabelecimentos comerciais que dependem do que é plantado em Vieira, conversamos com o Secretário Municipal de Agricultura, Fernando Mendes, que relatou que a pasta está fazendo um levantamento sobre o estado das pontes do interior para estabelecer prioridades na recuperação ou manutenção. Ele lembrou que a catástrofe natural registrada em 2011 causou muitos prejuízos para as localidades da zona rural e que, até hoje, o município ainda não conseguiu uma reestruturação plena.
“Na Tragédia eu estava à frente da secretaria e fizemos levantamento de 49 pontes que de alguma maneira foram abaladas no município. Estabelecemos uma lista de prioridades e essa lista foi aprovada pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Teresópolis e entregue ao governo do estado através do representante da Emop e da secretaria de estado de Agricultura presentes no município à época. além disso, as próprias condições financeiras e econômicas da prefeitura pós-tragédia dificultam a manutenção dessas pontes. Muitas são de madeira, com vão de altura baixa em relação ao rio e que no período de chuvas sofrem impacto por conta da pressão da água. É situação e que nos preocupa, por isso estamos fazendo levantamento novamente das pontes do interior estabelecendo uma lista de prioridades para manutenção e assim atacando essas prioridades. Paralelo a isso estamos fazendo parceria com algumas associações de moradores tendo em vista a dificuldade financeira e orçamentária da prefeitura. Geralmente essas associações de moradores fornecem material e nós a mão de obra para executar o serviço”, explicou Fernando.
Em junho passado, união entre comunidade e poder público garantiu a recuperação de uma ponte que há anos estava em situação precária na localidade de Varginha, próximo a Canoas, no Terceiro Distritos. Com o objetivo de resolver a situação de forma mais ágil, os moradores se uniram e fizeram uma cotização para adquirir o material necessário para a reforma da passagem de madeira. “A prefeitura, que há anos vive grande crise por conta de escândalos políticos e no mínimo questionáveis administrações, enviou uma equipe para auxiliar na reconstrução da ponte”, publicou O DIÁRIO na ocasião. Com a reconstrução, as crianças puderam voltar à importante rotina escolar diária sem o risco de se envolver em acidentes graves.
Com grande esforço da comunidade, foi arrecadada a quantia de R$ 7 mil para a compra de madeira e outros materiais. Em outros momentos, os moradores já compraram manilhas, iluminação, calhas e entulho para ser espalhado nas vias. “A parceria entre comunidade e órgão público indica uma importante mudança na consciência da população que participa, cobra, valoriza e com isso evolui também na seleção dos gestores públicos e na vigilância de seu desempenho”, relatou ao jornal na ocasião Kátia Avena, uma das integrantes da dedicada Associação de Moradores de Varginha.
Alguns meses antes, trabalho parecido foi realizado na estrada que liga Andradas a Santa Rita, no Segundo Distrito de Teresópolis. “Independente da gravidade da situação orçamentária financeira do município, a solução para Teresópolis avançar com maior rapidez é a participação popular, tanto fiscalizando quanto andando de mãos dadas em um sistema de parceria. Isso é fundamental para que município saia da situação que se encontra”, enfatiza Fernando Mendes.


A ponte de Vieira
Um dos pranchões principais da passagem que dá acesso a Serra de Vieira já não existe mais, tendo sido improvisados pedaços de outros tipos de madeira e até pedras para evitar o deslocamento de veículos em direção ao pequeno curso d´água abaixo. No período de chuvas, a situação fica ainda mais crítica, pois a pista fica escorregadia e não nenhum tipo de proteção nas partes laterais. “O interior da cidade pede socorro! Assim esta a nossa ponte na serra de Vieira, que dá acesso a rua principal. Aqui passa ônibus escolar, caminhão de carga, temos filhos que usam moto enfim, até quando isso vai continuar! Na hora de pedir voto vem a cambada toda, mas somos sempre os últimos, os esquecidos! Não temos coleta de lixo e agora estamos ficando sem caminho! Senhor prefeito ou responsável, vai esperar acontecer uma fatalidade?”, questiona Jessica Marinho, uma das muitas moradoras da grande localidade de Vieira, rica ainda em atrativos naturais.

 

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