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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Água: Prefeito notificado para cessar abuso

Vereadores entendem que licitação da concessão da água não pode ser feita ao arrepio da Câmara

Wanderley Peres

De volta do feriadão prolongado, quando passou quatro dias em São Paulo fazendo curso de coaching motivacional ao lado de privilegiado magote de secretários e subsecretários, o prefeito Vinicius Claussen publicou em DO nesta quarta-feira, 4, como “presente de natal” para o teresopolitano, o edital para a concessão da água, decidido para ocorrer no dia 20 de dezembro, dentro dos festejos de final de ano e do recesso do poder Legislativo, que há tempos vem se mobilizando na justiça para que seja cumprida a Lei Orgânica Municipal, onde é exigida a apreciação dos vereadores antes do início das concessões municipais.

A decisão levou a Câmara Municipal a aprovar requerimento ao prefeito, para notificá-lo da necessária providência do cancelamento do procedimento referente à concessão em curso face ao desrespeito a preceitos da Lei Orgânica Municipal, sob pena de procedimento judicial diante do ato de improbidade e abuso de autoridade. Autor do requerimento, o vereador Maurício Lopes observou aos pares que a concessão precisa, previamente, de autorização legislativa e o governo está na contramão ao propor a realização de uma disputa de preços para depois, então, solicitar a aprovação da Câmara Municipal. “Isso não existe. De que adianta o governo fazer a licitação da concessão e ao final de tudo essa Casa então apreciar o que foi feito? É necessária a autorização legislativa sim, e sendo feito algo errado, como está, fere até mesmo o princípio da economicidade”.

Durante a discussão, o vereador Leonardo Vasconcellos propôs que o Edital fosse submetido à Agenersa, antes de ser feito o leilão. “Essa avaliação será importante porque quando a Câmara for discutir esse assunto, já vamos ter uma opinião consolidada da agência de águas do Estado, com a devida crítica, para votarmos da forma acertada. O importante é que o leilão só ocorra a partir dessa avaliação”, sendo o requerimento, então, aprovado por unanimidade.

Segundo o vereador Marcos Rangel, desde as audiências públicas, que foram feitas de forma a não esclarecer o público, o processo de licitação está prostituído. “Por que uma licitação no dia 20 de dezembro, quando a Câmara está em recesso? Por que fazer a concessão sem ouvir antes a Câmara Municipal, deixando para os vereadores apenas autorizarem o feito já realizado. A audiência pública tem sido mais um bate papo entre o próprio pessoal da prefeitura, e feitas em horário de trabalho, quando a população não pode participar. Agora, a prefeito está dizendo que a conta vai ser mais barata que o que a Cedae cobra. Como essa empresa vai vender água mais barato que a Cedae se ela vai revender a água que comprará da Cedae?”, questionou.

“Essa luta é por dinheiro, por dinheiro da outorga para os cofres da prefeitura. Mas esse dinheiro é um adiantamento que a empresa vai fazer, para depois arrecadar o valor investido junto à população”, disse Raimundo Amorim, que propôs a criação de uma autarquia municipal da água, aproveitando toda a estrutura da Cedae, inclusive o pessoal, sem fazer a população gastar por isso ou pagar mais caro. “A empresa vai pagar milhões para o atual governo, mas vai juntar essa dinheirama toda catando mês a mês o dinheiro nas contas de água da população, fazendo sofrer a população pobre. É nossa responsabilidade fazer parar com isso”, emendou o vereador Luciano Santos.

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Edição 14/05/2025
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