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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Após 4 anos: Mudanças no trânsito continuam mesmo sem “integração de ônibus”

Fracassado “Integra Terê”, do governo Vinicius Claussen, causa transtornos até hoje em algumas ruas

Isla Gomes

Acabou de completar quatro anos das mudanças no trânsito de Teresópolis realizadas como parte do plano de ação para implantação de um sistema de integração das linhas de ônibus. O projeto “Integra Terê” (Sistema Integrado de Transporte Público e Mobilidade Urbana) foi idealizado pelo Governo Vinicius Claussen em 2020. Porém, com apenas um dia em vigor o sistema foi totalmente rejeitado pela população teresopolitana. Na ocasião houve protesto, revolta, indignação e muita confusão e o sistema caiu logo depois de começar. As mudanças mais significativas ocorreram na região central da cidade. Depois de quatro anos e sem sucesso nesse plano, sem motivo nenhum, muitas alterações feitas nas rotas permaneceram da mesma forma. Entre as diversas mudanças, sabe-se que antes a Tenente Luiz Meirelles dava sentido para a Nilza Chiapetta, permitindo que quem vinha de São Pedro seguisse para o Alto nessa pista. Depois da alteração impedindo esse sentido, o fluxo mudou totalmente o que causa um trânsito confuso e agitado no local atualmente. Já a Rua José Correia da Silva Jr, era uma rua de mão única e acabou virando rua de mão dupla, também com objetivo de facilitar acesso ao Alto, o que não ocorreu e a duplicidade da pista não faz nenhum sentido.

“Eu tenho carro e tenho que dar uma volta enorme para chegar aqui no meu edifício, é totalmente desnecessário. Não tem sentido termos que dar essa volta toda por conta dessa mudança sem fundamento”, declara a aposentada Luiza Shmall. Foto: Isla Gomes/Diário


Outro exemplo muito comentado e pertinente é a mudança feita na Rua Carmela Dutra, em Agriões, que teve um trecho modificado de mão dupla para mão única, entre a Rui Barbosa e a Tenente Luiz Meirelles. Em entrevista ao Diário, uma moradora do local ressalta sua insatisfação. “Eu tenho carro e tenho que dar uma volta enorme para chegar aqui no meu edifício, é totalmente desnecessário. Isso não tem nenhum sentido, termos que dar essa volta toda por conta dessa mudança sem fundamento. Outros moradores e conhecidos também compactuam da mesma indignação, essa é a minha reclamação. Além de tudo, vejo muitos carros entrando errado na contramão, podendo causar até um acidente”, relata a aposentada Luiza Shmall.

“Além de já termos problemas com os buracos aqui na rua e os alagamentos constantes, ainda temos que lidar com essa mudança no sentido do trânsito que só serve para trazer dor de cabeça”, afirma o zelador e morador da Carmela Dutra, Fernando Peixoto. Foto: Isla Gomes/O Diário

Outro depoimento
Fernando Peixoto trabalha como zelador na Carmela Dutra há 10 anos. Além do trabalho, ele também é morador do local e ressalta sua opinião sobre o assunto. “São tantos anos trabalhando e vivendo aqui, posso afirmar que essa mudança deixou tudo mais difícil. Temos que dar essa volta toda para chegar em casa, sem um motivo aparente. Muitos motoristas acabam até entrando errado na rua, passa pelo Fórum e vem direto, até mesmo por não ter placas visíveis para orientar. Eu acho que a rua deveria voltar a ser mão dupla, não faz sentido essa mudança ter acontecido sem necessidade. Além de já termos problemas com os buracos aqui na rua e os alagamentos constantes devido a bueiros entupidos, ainda temos que lidar com essa mudança no sentido do trânsito que só serve para trazer dor de cabeça ”, afirma.

Carmela Dutra ficou apenas no sentido Alto no trecho entre Tenente Luiz Meirelles e Rui Barbosa, sem nenhuma necessidade. Foto: Isla Gomes/O Diário
Rua José Correia da Silva Júnior virou mão dupla. Ideia era facilitar acesso ao Alto, mas empresários “não deixaram” mudar retorno. Foto: Isla Gomes/O Diário


Edição 23/11/2024
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