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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Após protestos, aulas presenciais mantidas nas escolas particulares

Mesmo com liberação, pelo menos até o dia 16, grupo faz carreata e buzinaço nas ruas da Várzea

Marcello Medeiros

Na última segunda-feira, 01, o governo municipal anunciou que publicaria no dia seguinte um novo decreto com medidas restritivas visando diminuir o contágio da Covid-19 em Teresópolis. Entre elas, a proibição das aulas presenciais nas escolas da rede particular – que haviam acabado de receber os estudantes após quase um ano de portas fechadas e somente ensino remoto. A decisão de permitir a retomada do atendimento e logo em seguida voltar atrás gerou muitos protestos de pais, responsáveis e, logicamente, representantes desses estabelecimentos de ensino. Com a imagem negativa gerada pela decisão, principalmente porque bares e restaurantes, por exemplo, poderiam continuar funcionando, mesmo que com horário reduzido, locais onde aglomerações têm sido registradas frequentemente, o prefeito Vinicius Claussen voltou atrás.
Através das redes sociais, a Diretora do Centro de Ensino Serrano, Rosana Santos, divulgou um vídeo falando sobre a situação. “Nossa indignação hoje se dá por conta da expectativa, da esperança que o próprio prefeito injetou em cada um de nós gestores. Foi passada uma expectativa de um Alvará Covid Educação a partir do momento que cumpríssemos protocolos, e foram muitas exigências para conseguir esse documento. Ninguém abriu de forma ilegal, ninguém abriu com vontade de aumentar a discrepância entre o público e privado, longe disso. Somos empresas, precisamos sobreviver. Minha realidade é de 52 colaboradores, não sei a de outros colegas, mas cada um tem sua realidade. E sabemos que bares e restaurantes vão continuar abertos… Todo respeito aos donos dessas empresas, que também precisam sobreviver, mas o que é essencial? A educação não é? O bem estar emocional não é? Cada um de nós tem um relato de criança com depressão, com doença por conta da pandemia, e isso não interessa a ninguém”, pontuou.

Rosana também alertou para o momento crítico vivido pelos estudantes da rede pública. “Me perdoe querido professor da rede pública que é sério e não está nesse pacote, mas a maioria quer ficar em casa, não quer trabalhar, quer estabilidade. Outro dia recebi uma atividade de criança da  rede pública do segundo ano mal foi alfabetizada ano passado, aí a professora grava um áudio de 30 segundos e manda uma charada, uma charada como atividade de  tarde inteira. Não dá indignação? A mim sim. É falta de respeito com nossas crianças, falta de consideração”, enfatizou, citando ainda que o governo municipal teve tempo suficiente para preparar os estabelecimentos da rede para atender aos jovens com segurança. “Somos culpados porque a rede pública não preparou as escolas para um retorno seguro? Passamos por exigências, fiscalização… Em relação às escolas públicas, vocês pais precisam fazer um movimento. Onde está o dinheiro da educação? Onde estão as verbas da saúde? Que caos é esse?”.
No final da tarde foi realizada uma carreata com a participação de professores, funcionários das escolas, pais e responsáveis por estudantes da rede particular. O movimento havia sido organizado mais cedo, antes da decisão de Vinicius Claussen de voltar atrás e trocar o fechamento das escolas pelo rodízio de CPF, porém foi mantido como forma de protesto diante da possibilidade de manutenção do ensino remoto. O decreto publicado nesta terça-feira tem validade até 16 de março, quando a situação do município diante da pandemia será fundamental para que as medidas sejam mantidas ou flexibilizadas.

 

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Edição 03/05/2024
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