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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Casa abandonada preocupa moradores da Tijuca

O que sobrou de imóvel virou depósito de lixo e área de risco para proliferação de ratos e mosquitos

Imagine um local com grande risco para a proliferação de vetores de doenças, ratos e mosquitos como o Aedes aegypti, um ambiente daqueles que diariamente se vê notícias onde responsáveis por combate a essas situações fazem campanhas para que a população denuncie e assim se evite a ampliação do número de casos de pessoas infectadas. Em Teresópolis, um desses preocupantes locais curiosamente tem entre os “vizinhos” a secretaria municipal de Saúde. Trata-se dos escombros de uma residência na Rua Roberto Rosa, há anos abandonado e que, em agosto de 2022, foi incendiado supostamente por um morador de rua.
Nessa segunda-feira, 06, o Diário recebeu imagens e declarações de populares revoltados com a cada vez mais crítica situação, fotografias mostrando um grande volume de lixo e uma piscina abandonada – cenário ideal para um grande criadouro de mosquitos. “Essa casa está há anos abandonada, negligenciada e perigosa em todos os sentidos, um matagal, cheia de usuários de drogas. Tem uma piscina de aproximadamente quatro metros de comprimento, três de largura e, acredito, mais de um metro de profundidade, totalmente podre. Isso mesmo, podre, com quatro cães mortos dentro dela…. A água está insalubre até para ser desejada para fora, precisa ser retirada e desejada onde não tenha rios e nada perto, pois o nível de contaminação deve está altíssimo. Deus queira que ali tenha só cães mortos, já que o lugar é muito usado por usuários de drogas”, relatou a leitora do Diário.
No mesmo dia, recebemos o pedido de ajuda de um vizinho, que pediu que não tivesse o nome identificado. “É impressionante como uma situação tão crítica dessa possa ocorrer tão perto da secretaria de Saúde. A gente vê aí várias campanhas na televisão, pedindo para que as pessoas não deixem água parada em casa, não acumulem lixo, não ajudante a criar ratos e mosquitos, e é tudo isso que estamos vendo acontecer bem ao lado da secretaria de Saúde. Depois que aumentar o número de casos de dengue eles vão fazer alguma coisa? Ou até crimes por conta do tipo de público que anda frequentando esse lugar”, denunciou o morador.

O que diz a prefeitura
Cobramos um posicionamento do município sobre as denúncias de abandono e o que o governo poderia fazer para intervir nessa absurda situação. Porém, a única informação encaminhada para o Diário foi a seguinte: “A Prefeitura solicita que os referidos moradores registrem a denúncia através da Ouvidoria Geral, responsável pelo encaminhamento das reclamações aos devidos setores para que sejam tomadas as medidas necessárias. Os canais são: TIA (Teresópolis Inteligência Artificial), com acesso pelo site oficial (www.teresopolis.rj.gov.br) ou por meio do número (21) 2742-8264 (WhatsApp oficial) ou através do aplicativo eOuve. Para atendimento presencial, o contribuinte deve se dirigir à Ouvidoria Geral (Av. Lúcio Meira, 375 sala 105 – Centro Administrativo Municipal Manoel Machado de Freitas, Várzea), no antigo Fórum. O atendimento ocorre de segunda a sexta, das 9h às 18h”.

Notificações de zika vírus aumentam
O número de casos de zika vírus no país subiu 20% de janeiro até o dia 8 de julho de 2023. As notificações passaram de 5.910 para 7.093, na comparação com mesmo período de 2022. A Região Sudeste teve o maior aumento de casos, com percentual de 11,7%. O Ministério da Saúde informou “que os dados são preliminares e sujeitos a alterações e que a vigilância das arboviroses – o que inclui as infecções causadas pelo vírus zika – é de notificação compulsória, ou seja, todo caso suspeito e/ou confirmado deve ser obrigatoriamente notificado aos serviços de saúde”. No mês de abril, em meio ao aumento de casos de dengue, zika e chikungunya no Brasil, as arboviroses, o governo federal lançou uma campanha nacional de combate às doenças, transmitidas por um mesmo vetor, a picada do mosquito Aedes aegypti.  Na ocasião, o Ministério da Saúde acionou o Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (COE) e foram realizadas ações de apoio nos 11 estados com maior número de casos e mortes por dengue e chikungunya. Outra ação foi investimento de R$ 84,3 milhões em compra de inseticida, larvicida, distribuição de kits de diagnóstico e capacitação de profissionais de saúde. Em junho, o COE foi desativado após ter sido constatada queda no risco de transmissão das arboviroses em todos os estados. O número de casos notificados de zika vírus caiu 87% entre abril e julho.

Edição 22/11/2024
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