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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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CEDAE destaca investimentos nas estações de captação e tratamento da água em Teresópolis

Gerente local fala sobre o serviço prestado no município e que a arrecadação tem sido 40% menor do que o faturado

Luiz Bandeira

Em meio ao debate sobre privatização do serviço de captação, tratamento e fornecimento de água para a população de Teresópolis e captação e tratamento do esgoto resultante desse consumo e ainda em referência ao Dia Mundial da Água, data instituída para afirmar a importância desse recurso para a manutenção do ecossistema e da vida, a equipe do jornal O Diário e Diário TV esteve na tarde desta quarta-feira, 22, na sede local da CEDAE, empresa de economia mista com a participação do Estado do Rio de Janeiro, para conhecer um pouco desse importante serviço – que aliás vem sendo alvo da cobiça de grandes grupos empresariais interessados na anunciada privatização. Fomos recebidos por Manoel Antônio Ladeira Filho, gerente serrano da empresa. Ladeira, no entanto, deixou claro que não poderia comentar questões relativas à suposta privatização e focou em falar sobre o serviço prestado no município.


O gerente serrano da empresa começou a entrevista destacando a importância de celebrar o Dia Mundial da Água, nesta quarta-feira, 22, e revelou também que a empresa arrecada bem menos do que fatura. “O faturamento é um pouco mascarado pelo seguinte: A CEDAE fornece muita água ao poder público, a prédios públicos que não entram na fatura final, mas está em torno de sete milhões faturados com arrecadação de quatro milhões mensais”, apontou Ladeira. Sobre os últimos investimentos da empresa para garantir qualidade no fornecimento, o gerente destacou serviços realizados na Estação de Tratamento de Água do Rio Preto, em Três Córregos, e reforma de elevatórias. “Nós recuperamos toda a nossa elevatória, a nossa estrutura, nós instalamos mais equipamentos reserva, hoje a gente tem uma segurança muito maior, reformamos toda a ETA Rio Preto, floculador, decantador, comporta de filtro, laboratório, elevatória, enfim, a gente tem feito um investimento muito considerável em Teresópolis. Estamos agora reformando todas as elevatórias, passando por modernização das elevatórias, nós temos aqui 53 elevatórias que atuam dentro de Teresópolis, atendendo essa população” pontuou Manoel Ladeira .
O gerente da CEDAE informou ainda que hoje a CEDAE conta com 200 funcionários do quadro da empresa. “Mas nós temos várias terceirizadas que prestam serviço como fornecimento de caminhão-pipa, atendimento, nós temos um projeto muito interessante na CEDAE que é ‘Replantando Vidas’, que a empresa trabalha com a mão de obra apenada e nós temos aqui cerca de 40 colaboradores da Fundação Santa Cabrini em um convênio que temos com a instituição e que nos ajudam muito aqui. A CEDAE vem obtendo sucesso com isso, um índice de aproveitamento desse pessoal muito interessante, 80% sai recuperado, enquadrado novamente à sociedade”, comemora Ladeira.

“Nós recuperamos toda a nossa elevatória, a nossa estrutura, nós instalamos mais equipamentos reserva, hoje a gente tem uma segurança muito maior”, garante o gerente da CEDAE

Interrupção no serviço
Uma queixa recorrente ao serviço prestado pela CEDAE é quanto a costumeira interrupção do fornecimento de água, justificado pela empresa por problemas na rede elétrica, com corte de energia e instabilidade na rede. Questionamos ao gerente da CEDAE por que não há um gerador na ETA Rio Preto. “As pessoas perguntam no dia-a-dia por que não há geradores. Como eu disse, são 53 elevatórias de pequeno porte e atualmente só estamos enfrentando problema na ETA Rio Preto, no fornecimento e na qualidade ofertada, mas a CEDAE já tomou providências e está adquirindo equipamentos, grupos geradores que a gente vai ter e vão ficar ali de stand by, para serem acionados quando faltar essa energia. A CEDAE está preocupada com isso é um problema pontual, é na estação de tratamento do Rio Preto e não acontece com as outras, acontecem sim problemas de uma queda de uma árvore em cima de uma rede do fornecedor, que nos atrapalha no processo de produção, mas a CEDAE em relação a extração, já está tomando providências”, garante o gerente da CEDAE.

Tratamento de esgoto
Apesar de em seu nome a empresa indicar que trabalha na coleta de esgoto, a companhia não capta e por tanto não trata nem um metro cúbico de esgoto em Teresópolis, motivo explicado por Ladeira. “Isso foi lá no passado, foi um acordo entre o município e a CEDAE. Então a empresa em Teresópolis só opera o abastecimento de água não o esgoto”, enfatizou o gerente, nos apresentando o sistema de trabalho na unidade da Feliciano Sodré. “Esse é o nosso Centro de Controle Operacional e aqui a gente colhe todas as informações, tem elevatórias que ainda não foram interligadas ao sistema, mas a grande maioria já está funcionando. Reservatórios a gente acompanha o nível em tempo real, elevatória que está funcionando, elevatória que apresentou problemas, por falta de energia ou com problema mecânico. Então com esses informações a gente consegue tomar todas as decisões em tempo real pra poder atender cada dia melhor a população de Teresópolis”, destacou.

Atendimento
Qualquer eventual problema no fornecimento de água ou na rede fornecedora pode ser comunicado através dos telefones do Centro de Controle Operacional. São eles 3641-5652 e 3641-1870. “A CEDAE de Teresópolis está à disposição da população, o nosso compromisso é cada dia prestar um serviço melhor a essa população. Esse telefone é um contato de Teresópolis, um telefone local, onde ficam profissionais aqui 24 horas por dia, sete dias na semana, 365 dias por ano pra atender a população de Teresópolis, é total compromisso e comprometimento com todos vocês”, pontou Manoel Ladeira.

Segundo previsão do plano de licitação, elaborado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a exploração do serviço vai exigir investimentos de R$ 30 bilhões durante os 35 anos de contrato

Ideia da prefeitura
Segundo previsão do plano de licitação, elaborado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a área de concessão no Estado do Rio de Janeiro deve ser divida em quatro blocos, exigindo investimentos de R$ 30 bilhões durante os 35 anos de contrato. Em entrevista ao Programa Hélio Carracena, que vai ao ar diariamente às 10h na Diário TV, o prefeito Vinicius Claussen se apressou em tranquilizar a população sobre o tema. “Estamos aguardando a autorização pela Câmara da Lei autorizativa, e queria trazer tranquilidade aos contribuintes. Assinando o contrato, o custo da água vai cair 10%. Se você paga R$ 200 vai pagar R$ 180, no ato inicial. É mentira que o custo vai subir, não tem essa história de aumentos absurdos”, garantiu o prefeito.


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Edição 09/11/2024
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