Isla Gomes
A tão aguardada obra de reestruturação da Feirarte, a conhecida Feirinha do Alto, foi prometida para ser concluída em dezembro de 2022, depois foi adiada para janeiro de 2023, agora estamos em março de 2024 pelo que a reportagem do jornal O Diário e Diário TV pôde perceber ao percorrer o local e conversar com feirantes é que não ficará pronta tão cedo, apesar da nova promessa de término ser em agosto. Esse atraso vem causando muitos transtornos e prejuízos aos expositores, muitos deles estão enfrentando dificuldades financeiras e entregando seus estandes, pois o movimento de clientela já caiu 70% depois de todos esses impasses. As chuvas fortes que assolam Teresópolis tem piorado a situação em questão, pois, com muitos bueiros sem manutenção, o espaço alaga causando transtorno tanto para os trabalhadores quanto para os clientes. Um dos segmentos mais atingidos é a “praça de alimentação” da Feirinha, que foi improvisada no devido à obra. Registros recentes mostram o local alagado diante da chuva.
Em entrevista ao Diário nesta segunda-feira (18), o presidente da associação da Feirinha do Alto denominada de “Sou Mais Feirinha”, relata a situação. “Nossa situação está muito difícil, cada vez mais difícil ainda. Nesse período de chuva tudo se torna pior, nesse final de semana dos dias 16 e 17, tivemos um alagamento horrível na praça de alimentação. Nós queremos uma resposta do prefeito, todos os prazos que ele nos deu não foram cumpridos, estamos sem saber o que vai acontecer. Estamos largados aqui, toda chuva que dá alaga mais e prejudica a gente e os clientes. Nosso movimento já caiu 70% desde o início dessa obra e essa reforma parece não ter fim. No início a promessa é que eram só 180 dias e já estamos em dois anos e quatro meses mais ou menos sem conclusão. A praça de alimentação já vai fazer mais de um ano aqui nesse lugar improvisado. Vale ressaltar que tem muitos expositores inclusive entregando seus estandes por não ter condições de arcar com suas despesas”, relata Deco Pacheco.
Mais um prazo
Deco nos conta que após muita reclamação mais um prazo de término foi prometido aos feirantes, agora para agosto. “Sabemos que isso é impossível. Sabemos que é impossível até mesmo este ano, pois as vezes só tem três ou quatro funcionários trabalhando na obra. Cada hora falam uma coisa para a gente e ficamos sem saber o que fazer, pois, esse é nosso ‘ganha pão’, muitas famílias dependem daqui. A Feirinha já chegou a gerar mais de 10 mil empregos de forma direta e indireta, então era a maior renda de capitação de dinheiro novo para a cidade e hoje não está mais sendo assim”, desabafa Deco.