@ninabenedito
Cada vez mais pessoas estão migrando dos bancos convencionais para o sistema de cooperativa de crédito, muito por conta de melhores taxas nos produtos e serviços, mas também pelo atendimento presencial e humanizado, já que cada vez mais os bancos convencionais estão deixando a desejar nesse quesito. Em entrevista a Diário TV e ao jornal O Diário de Teresópolis, Alex Bento, Gerente de Negócios da Sicoob Coopemata, banco cooperado que abriu as suas portas no ano passado em Teresópolis, destaca as principais diferenças do sistema de cooperativa de crédito. “A premissa do cooperativismo financeiro é fazer a ‘justiça financeira’, além de o cliente ter todos os produtos e serviços que ele tem no banco tradicional, ele ainda participa do resultado que a conta dele gera, ou seja, todo ano ele acaba retirando um ‘cashback’, que a gente chama de sobras, que é a movimentação que ele teve em relação ao ano anterior, e participa desse resultado, coisa que no banco privado, ele acaba entregando isso para os maiores acionistas”, explica Alex.
Ainda segundo ele, no banco cooperado o crédito é mais barato, as operações são flexibilizadas de acordo com o potencial e a necessidade de cada cliente. “Temos praticamente 99% da carteira de banco comercial, todos os produtos, desde linhas do BNDES, crédito rural e os créditos mais simples, tipo o cheque especial, o financiamento de veículos, capital de giro”, destaca o Gerente de Negócios da Sicoob Coopemata.
Atendimento humanizado
De acordo com Alex Bento, o Sicoob Coopemata possui os serviços digitais e o aplicativo do banco é melhor avaliado do que os aplicativos dos bancos tradicionais. “Se o cliente quiser vir até a agência, quer um atendimento presencial e personalizado, a gente também está aqui para atender. A gente quer o cooperado aqui com a gente, pagando as suas contas, fazendo negócios, sendo bem atendido, esse é o viés que a gente está trazendo”, enfatiza. O Sicoob Coopemata está localizado na Avenida Feliciano Sodré, 595, loja 1, bem próximo da Prefeitura. O telefone é o (21) 99688-8343.
Mais uma agência cooperada
Outro banco cooperado que está presente na cidade é o Sicoob Credirochas, gerenciado por Dhiego Martins. Ele afirma que o modelo de cooperativismo possui todo o tipo de solução financeira que qualquer instituição público ou privado. “A nossa diferença está na divisão dos resultados e no atendimento personalizado. O nosso corpo de gerentes e atendentes tem total liberdade em ir até onde o associado está, o cliente não precisa se deslocar até a agência”.
Taxas e condições da cooperativa
“Atualmente a gente tem, tanto na parte de crédito, financiamento de máquina, equipamento, cobrança bancária, todo o tipo de produto e serviço, o pix que está muito na moda, a gente tem como atender os nossos cooperados de uma forma bem flexível, de modo que fique tão bom para o cooperado, quanto para a cooperativa, é um sentimento de pertencimento que os cooperados têm quando abrem essa conta conosco , e a satisfação é imediata”, afirma Dhiego.
Atendimento presencial
A agência que está localizada na Avenida Feliciano Sodré, 246, próximo ao Recanto dos Pescadores, possui atendimento normal das 11h às 16h, contudo, a partir das 8h já tem funcionários na agência. “A gente não tem essa questão de travar o atendimento do cooperado, a gente até chama diferente o cliente, para associado e cooperado, porque é uma forma mais carinhosa, uma forma mais acolhedora da gente ter esse tipo de atendimento perante ao nosso público”, destaca. Para maiores informações entre em contato via (21) 2641-4382.
Migração do banco tradicional
As pessoas físicas e jurídicas que tiverem interesse em migrar a sua conta de um banco convencional para a cooperativa de crédito, Dhiego Martins afirma que há condições de se proceder a portabilidade. “Aquelas pessoas que tem um salário do Governo Federal, Estadual, e as pessoas jurídicas, podem trazer a sua movimentação para a cooperativa. Quanto mais você concentra a sua movimentação na cooperativa, maior o retorno que você tem na divisão dos lucros”, finaliza.
Empresários aderem ao sistema
Comerciantes, comerciários e empresários em geral também estão migrando para o sistema de cooperativa de crédito. Igor Edelstein, empresário na cidade, fala da sua experiência em ser um cooperado desse sistema. “É um prazer falar sobre esse assunto, estava acostumado há muito tempo, a ter na nossa cidade somente disponível os serviços dos grandes bancos, e agora a gente vê uma mudança de tendência muito grande no mercado, não só os bancos cooperativos, mas as próprias ‘fintechs’. Eu tenho percebido muitos empresários entrando nesse mercado de cooperativismo e crédito, e tendo excelentes resultados, porque realmente você possui um custo muito menor, você participa dos lucros que eles chamam de sobras. Tem algumas lojas que no final do ano fazem a apuração do que gerou de lucro para a cooperativa, isso é compartilhado com os associados, então é um regime muito interessante” afirma o empresário. “É uma tendência. Hoje eu sou um cooperado de bancos cooperativos, mas também tenho contas em bancos grandes, então o mais importante é observar essa tendência, ver o que cada um desses ‘players’, os grandes bancos e as cooperativas e as ‘fintechs’ podem agregar no seu negócio”, completa Igor.
O empresariado diz ser perceptível a diferença entre os bancos tradicionais e os cooperados. “Todo banco tradicional já está entrando no mercado de ‘fintechs’, então eles entendem que para ter a lucratividade de ontem, para ter a clientela de ontem, é necessário fazer muito mais. As margens baixaram muito, então hoje você cria uma conta de pessoa jurídica em um banco virtual, em um banco ‘fintech’ gratuitamente, às vezes até da sua casa, sem aquela necessidade , aquela burocracia. É um movimento que os grandes bancos enxergaram , acho fundamental essa concorrência, quanto mais concorrência, melhor para o consumidor final , melhor para a pessoa jurídica, melhor para a cidade como um todo. A chegada desses bancos cooperativos, em especial o Sicoob, que veio até através da CDL, visa levar um serviço melhor e mais barato para o consumidor final, seja ele pessoa física ou jurídica”, afirma Edelstein.
A importância para Teresópolis
Segundo o empresário, a importância dos bancos cooperados para o município é muito grande, uma vez que “as sobras” como gostam de chamar, é dividida entre os associados e permanecem na cidade movimentando toda a cadeia produtiva do município. “É um dinheiro que sairia da cidade se fosse para as sedes dos grandes bancos tradicionais. Então, quanto mais você movimenta, quanto mais produtos você adere, no final do ano isso é apurado e dividido entre os associados, porque o cooperativismo não tem como objetivo a geração de lucro”, finaliza.