Uma comerciante que trabalha com a venda de roupas em uma loja na Rua Luiz Noguet Júnior, no Bairro São Pedro, ficou no prejuízo depois de receber uma nota falsa de R$ 200. O fato ocorreu na tarde desta segunda-feira (02). Segundo relato à polícia, um casal comprou um casaco e uma bermuda. Depois de dar o troco, no valor de R$ 130, a comerciante desconfiou da procedência da cédula e chamou o filho para ajudar verificar o dinheiro. Nesse momento, percebendo que seria descoberto, o casal saiu da loja. O homem começou a correr a largou a companheira para trás. Ela acabou detida até a chegada de uma viatura do 30º BPM. O homem não foi localizado. O caso foi encaminhado para a 110ª Delegacia de Polícia, onde a cédula ficou apreendida. A mulher, atuada por posse de moeda falsa e liberada para responder ao processo por estelionato. O marido dela, apesar de não ter sido pego em flagrante, foi identificado e apontado no registro policial.
Três anos e meio depois do seu lançamento, a cédula de R$ 200, que tem estampado o Lobo Guará, apesar do clamor popular em favor do “cachorro caramelo”, ainda não passou pela mão de grande parte dos brasileiros. E essa dificuldade na circulação da nota tem contribuído para que estelionatários se aproveitem para tentar passar falsificações – às vezes grotescas. Nos últimos meses, funcionários de agências bancárias e comerciantes de Teresópolis registraram o “despejo” das imitações no município. No ano passado, por exemplo, um gerente do banco Bradesco em Teresópolis alertou para essa situação. Ele relembrou um vídeo publicado na ocasião de lançamento da cédula, quando recebeu as primeiras falsificações. Na publicação ele atentou para o brilho no numeral da nota feita clandestinamente, um dos principais problemas do simples papel que se assemelha ao dinheiro em circulação no país.

Apreensão do dinheiro
Quando tal nota é identificada em uma agência bancária, ela é apreendida para trabalho pericial do Banco Central e pode ser devolvida, caso se trate de material produzido pelo próprio BC. Em 2023, quando houve um “derrame” de notas falsa no comércio, Cláudio Mello, Presidente do Sindicato dos Bancários de Teresópolis explicou tal situação ao Diário: “O procedimento é que o Banco Central determina, retém a nota, identifica a pessoa que estava. Com isso muitos clientes ficam receosos, porque acabam perdendo a nota e nós temos que anotar quem estava com a cédula possivelmente falsa”.

CARATERÍSTICAS DE SEGURANÇA DA NOTA

• Frente ilustrada pela efígie da República
• A legenda “República Federativa do Brasil” escrita na frente e no topo da nota.
• A legenda “Banco Central do Brasil” escrita no verso e no topo da nota.
• Assinaturas de aprovação do ministro da Economia e do presidente do Banco Central no verso.
• Dupla numeração de série no verso.
• Impressão em papel fiduciário, composto por fibras de algodão e com textura mais firme a áspera que o papel comum.
• Ela tem 6,5 centímetros de altura e 14,20 centímetros de comprimento, igual à nota de R$ 20.
• Imagem do lobo-guará impressa no verso da cédula, em tons que variam do claro ao escuro quando vista contra a luz.

PRINCIPAIS SINAIS DE FALSIFICAÇÃO

• Textura lisa e fina. As cédulas falsas, geralmente, são impressas em papel comum, tendo textura diferente do papel fiduciário das cédulas verdadeiras.
• Ausência do alto-relevo na efígie da República e no valor da nota.
• Tamanho. A nota de R$ 200 possui tamanho igual à nota de R$ 20.
• Falta de uma ou mais características citadas acima.
• Ausência da marca d’água ao observar a nota contra a luz.
• Valor 200 que não muda de cor.
• Impressão borrada ou irregular. As notas falsas apresentam falhas, como imagens borradas, cores desbotadas ou detalhes incompletos.
• Elementos desalinhados. Desconfie de cédulas com elementos desalinhados ou fora de simetria.