Vishwadha Chander e Ludwig Burger – Repórteres da Reuters – Londres
A AstraZeneca informou nesta terça-feira (15) que um teste de estágio avançado não conseguiu fornecer provas de que sua terapia de anticorpos protegeu as pessoas que tiveram contato com uma pessoa infectada com a doença, um pequeno contratempo em seus esforços para encontrar alternativas a vacinas.
O estudo avaliou se a terapia, um coquetel com dois tipos de anticorpos, poderia impedir que adultos expostos ao vírus nos oito dias anteriores desenvolvessem sintomas de covid-19.
A terapia AZD7442 foi 33% eficaz na redução do risco de as pessoas desenvolverem sintomas na comparação com um placebo, mas o resultado não é estatisticamente relevante – o que significa que pode ter ocorrido devido a um acaso, e não à terapia.
O estudo de estágio avançado, que não foi avaliado pela comunidade científica, incluiu 1.121 participantes do Reino Unido e dos Estados Unidos. A grande maioria, mas não todos, não tinha o vírus no início do teste.
Os resultados de um subgrupo de participantes que não estavam infectados foi mais animador, mas a análise principal disse respeito aos resultados de todos os participantes.
"Embora esse teste não tenha alcançado o resultado clínico principal contra doença sintomáticas, ficamos otimistas com a proteção vista nos participantes de PCR negativo após o tratamento com AZD7442", disse Mene Pangalos, vice-presidente executivo da AstraZeneca, em comunicado.
A empresa está contando com estudos adicionais para reavaliar o destino do produto. Mais cinco testes estão em andamento para estudar o coquetel de anticorpos como tratamento ou na prevenção da doença.