Operação ocorre em cursos d´água do município e será realizada até Três Rios
As equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) seguem empenhadas no trabalho de buscas das vítimas das fortes chuvas que atingiram Petrópolis no último dia 15. As operações estão concentradas na região da Chácara Flora, onde ainda há duas pessoas desaparecidas, e nos rios e afluentes que passam pela cidade e seguem até Três Rios, onde três vítimas são procuradas. A varredura nos rios conta com mergulhadores e equipes terrestres munidas de cães de busca e salvamento e apoio de maquinários. Atualmente, mais de 130 militares atuam na operação. – O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro é o mais bem equipado e capacitado do Brasil. O trabalho de buscas vai seguir, com empenho das equipes mesmo durante o Carnaval. – disse o governador Cláudio Castro. A missão chegou a registrar mais de 100 pontos de buscas e envolveu mais de 500 bombeiros fluminenses e 140 de outros estados, além de mais de 50 cães farejadores. A corporação trabalha ininterruptamente, 24 horas por dia, e até o momento, vinte e quatro pessoas foram resgatadas com vida pelos militares.
APOIO DE TODO O PAÍS – Bombeiros de 19 estados e do Distrito Federal se uniram à força-tarefa coordenada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro para o resgate às vítimas do maior desastre natural ocorrido em Petrópolis desde 1988, que já resultou em mais de 200 mortes e pelo menos 33 desaparecidos. Dos 640 homens em ação, 140 são de outras unidades federativas. Com eles, além de diversos tipos de tecnologias, empregadas nesse tipo de “cenário de guerra”, o apoio também de uma tropa literalmente animal: 48 cães-bombeiros, que se juntaram aos outros dez do Rio. A união de esforços já tinha propiciado, até a última sexta-feira, o encontro de 105 corpos soterrados e o salvamento de mais de duas dezenas de pessoas entre escombros. – As ações bem coordenadas dos bombeiros nos emocionam e evidenciam a importância do trabalho deles em todos os momentos, sobretudo em situações extremas, como a de Petrópolis – ressalta o governador Cláudio Castro, que se deslocou para o município imediatamente após a tragédia, ajudando a montar pessoalmente a rede emergencial para resgates e procura de vítimas.
No dia a dia, os esforços abnegados ajudam a superar a dor que a dura rotina naturalmente impõe aos profissionais e acabam sendo instrumentos para uma rica troca de experiências sobre o modo de atuação das múltiplas equipes, que chegaram a se espalhar por mais de 80 pontos críticos. A maioria dos combatentes em Petrópolis é especialista em lidar com flagelos de grande monta e já teve experiência em ocorrências nacionais e internacionais históricas, como nos casos de Mariana, Brumadinho, terremotos no Haiti, furacão Katrina, entre outras devastações.
Imprensa/RJ
A varredura nos rios conta com mergulhadores e equipes terrestres munidas de cães de busca e salvamento e apoio de maquinários