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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Corte orçamentário pode interromper funcionamento da UFF e da UniRio em julho

A Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) podem interromper o funcionamento a partir do próximo mês de julho por causa do corte orçamentário de 30% determinado pelo Ministério da Educação às instituições federais de ensino do país.

A Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) podem interromper o funcionamento a partir do próximo mês de julho por causa do corte orçamentário de 30% determinado pelo Ministério da Educação às instituições federais de ensino do país. A declaração foi feita durante audiência pública da Comissão de Economia, Indústria e Comércio, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), realizada nesta segunda-feira (27/05), no auditório Senador Nelson Carneiro, no prédio anexo ao Palácio Tiradentes. Representantes de instituições federais do Rio estiveram presentes para discutir o futuro das unidades com o presidente da Comissão, o deputado Renan Ferreirinha (PSB).
Jailton Gonçalves, reitor de planejamento da Universidade Federal Fluminense (UFF), disse que já havia um planejamento em torno das reduções contratuais, principalmente de mão de obra terceirizada, e que após o anúncio de contingenciamento poderá haver a paralisação das atividades no segundo semestre. “Sofremos um impacto econômico muito grande, e precisamos de mais de R$ 16 milhões por mês de recursos para manter nossos estudantes nas atividades acadêmicas, bem como arcar com a manutenção de restaurantes e transportes para os alunos. No fim do ano passado, depois de uma análise em nossos contratos, conseguimos reduzir os terceirizados, como profissionais da área da limpeza, gerando demissões. Os valores referentes a contas de luz e bolsas ultrapassam os R$ 4 milhões.
 Após esse corte, fica impossível funcionar após o mês de julho”, enfatizou o reitor da UFF.O mesmo quadro caótico foi relatado pela pró-reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UniRio), Loreine Hermida. Ela destacou que o contingenciamento já estava ocorrendo desde 2018. “No ano passado, nosso orçamento cobria até outubro. Com o corte deste ano, manteremos a despesa até julho. Com o que recebemos por mês não tem como nem escolhermos a quem vamos pagar”, relatou, dando a exata dimensão da crítica situação financeira da Uni-RioImpacto econômico no interior.
O Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), com 8 campi em todo o estado – entre eles o do Maracanã, na Zona Norte da capital fluminense; Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense; Petrópolis e Friburgo, na Região Serrana -, também pode sofrer paralisação em seu funcionamento após o segundo semestre se o corte orçamentário do governo federal for realmente mantido. Segundo o diretor geral da unidade, Carlos Henrique Alves, o comércio das cidades no interior pode ser muito prejudicado.
“Ao redor das unidades já existem restaurantes e bancos. Além de impactar no ensino, o contingenciamento atrapalha o comércio local. Todo prefeito tem satisfação de receber uma instituição federal em seu município porque é evidente o fomento à economia. E por causa do corte não é possível pagar limpeza, manutenção e vigilância, inviabilizando completamente a abertura de uma instituição”, afirmou o diretor.
Durante todo o debate, os gestores das universidades federais se perguntavam como manter estudantes e o desenvolvimento das áreas de pesquisa e ensino. A falência do campus da Gama Filho foi mencionada durante a audiência pública. A instituição fechou as portas em 2014. O deputado Renan Ferreirinha lembrou que além do encerramento das atividades na universidade houve ainda grande impacto econômico no seu entorno. Ele ainda ressaltou que 18 restaurantes e cinco albergues foram fechados. A universidade completaria 80 anos em 2019, mas a situação dos terrenos que abrigam o campus da Gama Filho segue indefinida. Segundo o parlamentar, o mesmo quadro pode ocorrer nas instituições federais do estado se não houver a revisão do corte pelo governo federal.
“O contingenciamento causa um impacto direto no comércio, serviços, na empregabilidade dos nossos jovens, e na arrecadação do nosso estado. É uma asfixia federal que se dá para a existência dessas universidades e desses institutos. Nesta segunda-feira, o foco da audiência pública foi o impacto a curto prazo, ou seja, na gestão das verbas operacionais. Mas ainda vamos fazer outras duas audiências a médio e a longo prazo, para discutir a empregabilidade dos nossos jovens e a arrecadação do estado”, concluiu Ferreirinha.
O deputado Renan Ferreirinha também ouviu as demandas de representantes da Instituto Federal Fluminense (IFF), Instituto Federal do Rio (IFRJ), Colégio Pedro II, e Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).As próximas audiências foram marcadas para os dias 6 de junho, na UFF, em Niterói, Região Metropolitana; e 13 de junho, na UFRJ, na unidade da Praia Vermelha, na Urca, Zona Sul da cidade do Rio.

 

 

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Edição 23/11/2024
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