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CPI muda depoente e se prepara para apreciação do relatório final

Novo depoimento será do médico Carlos Carvalho, responsável por estudo sobre ineficácia do "kit covid"

O médico Carlos Carvalho deve ser o próximo depoente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado. Depois de uma reunião nesse feriado, a cúpula da comissão decidiu que o depoimento dele, na próxima segunda-feira, 18, será mais interessante para o colegiado do que o originalmente marcado, que seria do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já ouvido pelos senadores duas vezes. O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), conversou nos últimos dias com Carvalho. Segundo o senador, o pneumologista e professor da Universidade de São Paulo (USP) “tem uma lucidez enorme e uma história de vida muito grande”, além de ser muito respeitado na área médica. Carlos Carvalho despertou interesse da CPI depois que, na semana passada, um estudo que teria sido coordenado por ele, com parecer contrário ao uso do chamado kit covid, na fase pré-hospitalar, com medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença, ter sido retirado da pauta de uma reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).
O médico não faz parte da Conitec, mas foi escolhido para gerar diretrizes para o tratamento da Covid-19 pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Ainda na semana passada o pneumologista disse que ele próprio pediu a retirada de pauta do documento de pauta. Ele justificou que o trabalho havia sido feito com as informações científicas vigentes até o final de agosto e que no final de setembro foi publicado um artigo que, segundo ele, pode mudar a conclusão do relatório e, por isso, precisaria de mais prazo para o grupo se reunir e reavaliar o tema. No mesmo dia, encerrando o ciclo de depoimentos colhidos nos últimos seis meses pela CPI, parentes de vítimas da Covid-19 também serão ouvidos pelos senadores.

Desdobramentos
Se o relatório for aprovado pela maioria dos membros, a CPI vai entregar o resultado dos trabalhos à Procuradoria da República no Distrito Federal, ao Ministério Público do Estado de São Paulo, que criou uma força-tarefa para investigar a Prevent Senior, à Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de São Paulo e ao presidente da Câmara dos Deputados, entre outros. Para acompanhar as ações que serão tomadas a partir do relatório final, os senadores também vão criar o que está sendo chamado de “observatório parlamentar”. A sugestão foi da senadora Zenaide Maia (Pros-RN). A ideia é que, por meio da iniciativa, os senadores possam acompanhar informalmente os desdobramentos da CPI.

 

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Edição 28/12/2024
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