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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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De Teresópolis a Aparecida do Norte em duas rodas

Aventureiros teresopolitanos passam a madrugada pedalando para concluir desafio em pouco tempo

Marcello Medeiros

Localizado no interior de São Paulo, o município de Aparecida, conhecido por muitos como Aparecida do Norte por conta da construção da Estrada de Ferro do Norte, na segunda metade do século XIX, é destino de muitos teresopolitanos mensalmente por conta da Basílica de Nossa Senhora Aparecida. De Teresópolis até o templo católico, que recebe milhões de visitantes de todo o país anualmente, são aproximadamente 350 quilômetros de distância, percorrido por esses visitantes em vans de excursão ou veículos particulares. Mas, para dois moradores do bairro de São Pedro, chegar a esse lugar através desses meios não “tem nenhuma graça”. Doldaninho Barbosa, mais conhecido como “Zico”, e Jorge Moreira, o “Carbureto”, ambos com 55 anos, encararam a longa distância em duas rodas, movidas pela força das próprias pernas. Os determinados ciclistas saíram de Teresópolis no início da madrugada da Sexta-feira Santa e chegaram ao destino no final da manhã de sábado.
A dupla, que se dedica também ao montanhismo, escolheu o inusitado horário para conseguir cumprir a longa distância em menos tempo. Afinal de contas, pedalar em uma fresca madrugada permite muito maior rendimento do que embaixo de um sol escaldante, refletido pelos muitos quilômetros de asfalto. “Pedalamos a madrugada toda até Paracambi, onde paramos para um café da manhã, ou da madrugada ainda. Depois, puxamos até Barra Mansa, totalizando aproximadamente 180 quilômetros no primeiro dia. Lá descansamos e dormimos bem para o resto dessa aventura maluca que inventamos”, relata Zico.
Do município localizado no Sul do estado do Rio de Janeiro, seriam mais 170 quilômetros a serem pedalados até Aparecida do Norte. Novamente, a estratégia de sair bem cedo para evitar a pior hora do dia, fugindo assim do calor forte. “Chegamos lá por volta das 10h20, bem cansados, mas muito felizes. Parece doideira, mas sempre vale a pena uma aventura dessas”, enfatiza Zico. 
Importante destacar também que, além da longa distância vencida pela dupla teresopolitana, é que os moradores do bairro de São Pedro não realizaram a empreitada em bicicletas de alto padrão, preparadas para estrada, as chamadas “speeds”. Zico e Carbureto utilizaram mountain bikes relativamente simples, mudando apenas, em relação ao que costumam utilizar no dia a dia, os pneus. No lugar dos “borrachudos” mais comuns às estradas de terra, instalaram pneus de estrada, “lisos” e um pouco mais finos, para auxiliar no rendimento.

Outras aventuras
Um dos fundadores de um antigo grupo de montanhismo local, o Lagartos, Zico também é grande incentivador de “aventuras ciclísticas”. No currículo, tem outros longos trajetos: Teresópolis x Mariana (MG, 347 quilômetros), Teresópolis x Ouro Preto (MG, 363 quilômetros), Guarapari (ES) x Teresópolis (420 quilômetros), Teresópolis x Rio das Ostras (RJ, 178 quilômetros) e ainda Aparecida do Norte via Paraíba do Sul (350 quilômetros).

 

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