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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Dr. Mouzinho e a sua vida “Além da Toga”

Salão do Juri no Fórum lotado para o lançamento do livro de Márcia Chiapeta

O Salão do Júri no Fórum Ivo de Carvalho Werneck foi pequeno para o grande público que compareceu ao lançamento do livro “Minha Vida Além da Toga”, biográfico do advogado, procurador, delegado, professor, juiz e desembargador Joaquim Cyrillo Baptista Mouzinho, nesta sexta-feira, 9, evento que começou às 15h e foi até bem depois do programado, para as 19h. Escrito pela jornalista Márcia Nascimento Chiapeta, com renda revertida para o Convento Carmelo, no Alto, o livro revela contos engraçados, histórias de família, e os períodos desafiadores, com depoimentos emocionantes, entrelaçando-se a outras histórias, também de grande interesse.

Entre os amigos que lotaram o auditório, juízes e promotores, defensores e serventuários da Justiça, companheiros de trabalho do magistrado que atuou por cerca de vinte anos em Teresópolis, como juiz único da Comarca e, depois de mudada a entrância, o juiz criminal e eleitoral. Juiz de Alçada em 1988, Dr. Mouzinho chegou a Desembargador em 1996, se aposentando do Tribunal de Justiça em 2002, continuando a trabalhar nos escritórios Malcher, em 2003 e Magicred em 2004, se aposentando em definitivo no ano de 2018 somente, aos 85 anos de idade.

Nascido em 1932, aos 92 anos dr. Mouzinho agradeceu a presença dos tantos amigos à sua festa em breve palestra, quando antecipou alguns episódios contados no livro, falando em seguida a autora, Marcia Nascimento Chiapeta, que desde 2023 vem estudando o personagem em agradáveis conversas semanais de fim de tarde, quando experimentou a generosidade do biografado e o carinho da sua família, para quem, inicialmente, o livro foi pensado.

“Fiquei como medo de não dar conta do recado, mas assumi o compromisso. E logo o doutor Mouzinho me conquistou com as suas histórias, cada uma mais interessante que a outra, e todas com a narração precisa que sua boa memória impõe. Me sinto privilegiada por ter sido encarregada de contar a história de tão importante personagem da nossa história, e que vai mostrar a todos um homem bom e generoso, atrás da toga”.

Também deram seus depoimentos no concorrido evento de lançamento de livro o secretário de Cultura Wanderley Peres, o diretor da Biblioteca Municipal Marcos Habib e o juiz José Armando, amigo do biografado, com quem trabalhou na Comarca e vivenciou muitas das histórias contadas no livro, presenciando as incursões que o juiz também fazia para melhorar a cidade em que vivia, como a conquista do Batalhão de Polícia Militar e o apaziguamento de contendas que o olhar atento da Justiça consegue conter ou equilibrar, quando necessário. “Dr. Mouzinho serviu à cidade com desmedido zelo, aplicando bem a justiça, cível e criminal, e de família ou eleitoral, e são muitos aqueles que confirmam esse depoimento, por isso é tão bom ver essas histórias contadas, porque a memória dos personagens de uma sociedade são fragmentos importantes da história municipal e não podem ter como resultado o esquecimento”, observou Wanderley Peres, que contou com o prestígio da presença do biografado no lançamento de seu livro, “1922”, em dezembro passado.

Para o juiz Carlo Arthur Basílico, que escreveu uma das orelhas do livro, “é sempre alvissareira a publicação de um livro que possa acrescentar elementos relevantes para a história, com lupa que resgata fatos de um passado próximo de Teresópolis e do Estado do Rio de Janeiro”, afinal “o registro da memória é, antes de tudo, um gesto de generosidade”.

Casado com Denise, pais de Iensuny, Marcelo e Clóvis, e avós de André Lucas, Giovanna, Anna Clara, Glória Lúcia e Leonardo, sogro de Francisco, Lúcia e Renata, o biografado de “Além da Toga” lembra que, na infância e adolescência, adorava jogar futebol, ir ao cinema e dança e que, com a vida adulta, os hobbies passaram a ser a família e o trabalho. Nem mesmo seus gostos por viagens, comidas, músicas, times de futebol e leitura, Dr. Mouzinho deixou de contar à entrevistadora Marcia Chiapeta, afinal, como captou a autora do livro, na frase que biografado emprestou de Darcy Lizardo, “assim como são as pessoas, são as criaturas”.

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Edição 10/05/2025
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