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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Entrevista com a Secretária de Educação Satiele Santos

Secretária de Educação afirma que não se pode comparar estrutura das escolas públicas com as particulares

“Nossos professores não pararam de trabalhar”O momento ideal para o retorno das aulas presenciais é um assunto que promove debates acalorados e opiniões diversas entre professores, pais de alunos e gestores das redes pública e particular, entretanto o momento de agravamento da pandemia no município de no país exige muita cautela. Para avaliar esta situação em Teresópolis, a secretária municipal de Educação Satiele Santos esteve no Programa Hélio Carracena e explicou como está o trabalho junto às unidades escolares para garantir que os estudantes sejam atendidos da melhor forma possível.  De acordo com ela, existem muitos desafios para que se consiga dar o melhor suporte aos alunos, mas que os professores estão se esforçando ao máximo para fazer o melhor possível. 

Ela ainda respondeu a um vídeo que circulou na internet com críticas aos professores da rede municipal e citou que não falta comprometimento e trabalho da parte de todos os profissionais de ensino para enfrentar esse período de pandemia.
“Houve uma fala esta semana nas redes sociais de que professores da escola pública municipal não queriam trabalhar e isso estava atrapalhando outras situações.  Eu gostaria de deixar a minha solidariedade aos meus amigos professores, meus colegas de profissão e deixar muito claro: não tem volta às aulas porque as aulas nunca pararam. Pararam só em janeiro, como é de costume.  Nossos professores não pararam de trabalhar nem um minuto. Nós dormimos no dia 3 de março com o ensino convencional, em sala de aula e acordamos com uma pandemia que está assolando hoje o mundo interior. É uma fala injusta dizer que os professores públicos municipais não querem trabalhar. Não só queremos como estamos trabalhando, com eficiência, superando desafios diários porque ser professor não é simples, ser professor numa pandemia é mais complexo ainda”
A secretária  citou ainda o empenho de todos os profissionais da Educação em todas as esferas destacou a perda  da professora Thaynan Gouveia como exemplo de que é preciso tomar muito cuidado: “Eu estendo meu cumprimento aos demais colegas das redes estadual e particular por aceitar esse desafio se empenhar e se reinventar a cada dia porque é isso que estamos fazendo não está sendo simples nem fácil. Perdemos uma colega da rede particular, somos tordos professores,  meus sentimentos a família e precisamos nos preocupar em cuidar das pessoas”. 

Medidas diferentes entre as redes
Satiele alertou que as pessoas que tomam a rede particular como parâmetro para cobrar o retorno das aulas no município não estão levando em consideração diferenças muito grandes pois as realidades das estruturas são muito diferentes : “Tem um discurso que questiona porque as escolas particulares podem voltar e as escolas públicas não podem voltar. Temos que pensar de maneira diferente: como vamos voltar de forma segura, temos que pensar nas pessoas, o que estão pensando, o que estão sentindo sobre esse retorno. Ouvi o professor da rede municipal através das esquipes diretivas.  Ouvi todos os diretores. Ouvimos os pais também sobre esse retorno, os professores, equipe de apoio. Todas as escolas estão se preparando, se estruturando, mas temos outras questões que perpassam a volta as aulas. As unidades particulares, muitas vezes são unidades escolares isoladas de um administrador, um dono, um diretor. A rede municipal comporta 96 unidades escolares, atende aproximadamente 21,400 alunos. Tem  a questão do transporte escolar”.  
A professora apontou outras diferenças que claramente determinam que não é possível tomar a mesma proporção nas decisões: “Com o retorno das aulas presenciais, mesmo que com redução a 30% dos alunos, seria um número considerável. A maioria dessas crianças usa o transporte público, outros ainda tem uma proximidade e podem ir a pé, mas em regra chegar na escola pública é pelo transporte público. Nas escolas particulares, os alunos em sua maioria chegam de carro ou tem uma logística melhor para levar as criança e não passam pela mesma situação”. 

Compra de material
A secretária municipal de Educação explicou que continua estruturando todas as escolas para que estejam prontas para retomar de forma segura quando for a hora: “Estamos dando todo suporte, comprando EPIs, álcool, tapete sanitizante, tudo que foi indicado pela Secretaria de Saúde estamos adquirindo. Os diretores, no primeiro momento, em quantidade menor e a Secretaria de Educação em quantidade maior, em processo de licitação, para garantir essa matéria para todos os nosso professores e alunos”.
Estamos também buscando alternativas para a merenda escolar, precisamos ouvir e construir ainda mais com professore e diretores, comunidade escolar, temos um caminho a percorrer. Ainda temos os números da saúde, dia após dia vemos os números aumentando. É um conjunto a ser visto, entre Educação, Saúde, prefeito. Ate é o dia 21, a princípio estão em formato remoto, mas não sei se volta após o dia 21, pois vamos nos reunir  próximo a data para discutir, analisar os números e ver possibilidade. Tudo como muito cuidado porque se tratam de vidas.

Investimentos
Diante da nova realidade do ensino remoto, ela garantiu que a prefeitura está empenhada em proporcionar ferramentas tecnológicas a professores e alunos: “Estamos adquirindo tablets com internet para os alunos, adquirindo notebook para os professores, mas o processo administrativo é complicado, não tem como eu simplesmente ir até uma loja e comprar”.
Sobre escolas que estão precisando de reformas, ela explicou que o processo de licitação é que atrasa uma solução, mas que as obras sairão em breve. Ela citou algumas escolas que estão com o processo licitatório já adiantado: “Lino Oroña, Aclimeia, CIEP de Fonte Santa, Mariana Martuchelli, todas vão passar por obras e todos que precisam estão com processos abertos na secretaria para que essas obras aconteçam”. 

 

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Edição 29/11/2024
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