Em 14 de novembro é celebrado o Dia Nacional da Alfabetização, data estabelecida no Brasil em 1960. Ela é uma homenagem ao dia da criação do Ministério da Educação. Segundo os dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), atualmente, 5,6% da população brasileira é analfabeta e, por conta disso, é preciso reforçar a importância de saber ler e escrever para os indivíduos de nossa sociedade. Há cinco anos, o Instituto Yduqs – responsável por ações sociais em diversas unidades de ensino superior – realiza o Programa de Alfabetização e Letramento de Jovens e Adultos. A iniciativa já formou mais de mil alunos, da faixa etária entre 30 e 70 anos. O projeto conta com dezenas de coordenadores, professores e 80 alunos dos cursos de licenciaturas da Estácio e tem a atriz Malu Mader como embaixadora. Em breve, serão abertas as inscrições para a 7ª edição do programa. As aulas serão realizadas nas Regiões Sudeste (Rio de Janeiro e São Paulo); Nordeste (Natal e Salvador); Norte (Manaus) e no Centro-Oeste (Distrito Federal/Brasília). Mais informações podem ser obtidas por meio do link: https://institutoyduqs.com.br/alfabetizacao
“Nossa iniciativa está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de número 4, da Organização das Nações Unidas (ONU), cujo objetivo busca ajudar o indivíduo a exercer a sua cidadania. O Programa de Alfabetização e Letramento de Jovens e Adultos promovido pelo Instituto Yduqs, em parceria com a Estácio, tem como missão combater o analfabetismo e erradicá-lo nas comunidades do entorno das instituições de ensino do grupo”, comenta Cláudia Romano, presidente do Instituto Yduqs.
Em Teresópolis, o programa é um verdadeiro sucesso, com turmas sempre cheias e transformando vidas, como é o caso de Eunice Correa, de 73 anos. “Nunca tinha estudado em uma escola. Está sendo muito importante para mim este projeto, cheguei à alfabetização com muitos sonhos e hoje já estou no letramento lendo e escrevendo sozinha e sei que ainda vou conquistar muito mais. Sou grata a Deus e a Estácio que me deu esta oportunidade”, comemora.
Quem também está satisfeita em estar aprendendo a ler e escrever é Ângela Maria, mais uma aluna do projeto de Alfabetização. “Eu estou muito feliz porque estou aprendendo muito. O projeto me deu esse privilégio de seguir em frente com meus estudos, pretendo chegar até o fim. Que Deus possa abençoar a vida de cada professor(a)”.
“A alfabetização é uma jornada transformadora que transcende o tempo e desafia todas as barreiras. É a chave para desvendar mundos novos e para expressar pensamentos que antes estavam aprisionados. A alfabetização de adultos não é apenas a aquisição de habilidades fundamentais, mas é também a conquista do poder de contar suas próprias histórias e moldar seu próprio destino. Como educadora, o meu coração se enche de alegria ao ver os olhinhos brilhando a cada novo aprendizado, e também de esperança ao vê-los se transformando, ganhando autonomia, conquistando o mundo”, acrescenta Roberta Rollemberg, coordenadora do Programa de alfabetização e letramento da Yduqs em Teresópolis.
Aprendizado mútuo
A monitora do projeto na unidade, Fernanda Zimbrão Marques diz que, para ela, enquanto estudante de Pedagogia, a iniciativa também garante ganhos muito positivos. “É a oportunidade de colocar em prática tudo que aprendemos em sala. Compartilhar conhecimento vai muito além de um conteúdo transmitido em aula, é aprender a enxergar o mundo pelos olhos dos nossos alunos, compreender suas dificuldades, ouvir suas histórias, cada aluno tem sua própria trajetória, que é fruto de muito esforço e dedicação. Cada aluno que chega até o projeto vem como uma folha em branco e ajudá-los a escrever sua história é com certeza fazer parte de algo grandioso que muda também a nossa história de vida. Comemorar essa data, o Dia da Alfabetização, é um momento de lutar por políticas públicas que combatam o analfabetismo e valorizem o profissional de educação”.
Corrente do bem
A estudante de pedagogia Alessandra Barbosa conta que após 25 anos sem estudar foi ajudada pelo projeto e logo nasceu o desejo levar essa oportunidade para outras pessoas. “As dificuldades da vida me fizeram postergar o desejo de terminar os estudos, mas através desse projeto eu consegui, depois que fui ajudada meu desejo passou a ser que outras pessoas recebessem o que eu recebi, principalmente por observar que essa oportunidade não é muito divulgada. Eu ouvi muito relatos de pessoas que ficam travadas na vida por não conseguirem terminar os seus estudos, por isso entrei para pedagogia e hoje ajudo outras pessoas a conquistarem o sonho de terminar seus estudos”, declara.
Como ajudar
Roberta Rollemberg explica que para o projeto expandir é necessário mais auxiliares para lesionar, ela ressalta que é possível estagiar realizando o programa. “Além dos nossos alunos da Estácio que já participam, temos voluntários de fora, contamos até com pessoas que se formaram em história, biologia, entre outra profissões, que vieram aqui conhecer o projeto e se apaixonaram pela ideia de dar aula, então se a pessoa tiver desejo de contribuir de alguma forma com o projeto, ela vai ser muito bem-vinda, nós precisamos de voluntários para que possamos ampliar as nossas turmas. Vale ressaltar, que aceitamos estagiários de cursos normais, nós podemos fazer um acordo com a escola da pessoa, assim ela vai ter a chance de estagiar e ao mesmo contribuir com esse projeto tão importante”, ressalta a coordenadora.
SERVIÇO
Inscrições e informações: https://institutoyduqs.com.br/alfabetizacao
As aulas acontecerão a partir do primeiro semestre de 2024
Estácio Teresópolis: Endereço: Rua Nilza Chiapeta Fadigas, nº 488 – Várzea.