Desde que o governo Vinicius Claussen anunciou a retomada da cobrança pelo estacionamento em vias públicas, com tarifas mais caras do que cidades famosas no Sul do país, como Gramado e Canela, por exemplo, quem precisa utilizar carro para trabalhar diariamente tem ficado preocupado. Para deixar o carro na rua durante todo o dia, sem nenhum tipo de segurança ou garantia por parte da prefeitura de Teresópolis, o motorista terá que desembolsar R$ 25 por dia, em média. Quando a cobrança for efetivada – com previsão para início de agosto – a solução mais em conta será procurar os estacionamentos particulares. Porém, a dica é pesquisar bastante e ficar atento às letras miúdas dos letreiros de propaganda de alguns estabelecimentos. O que pode parecer um bom preço, no final, pode representar um custo não esperado pelos motoristas. Nos últimos dias a reportagem do Diário fez um levantamento de preços na região central do município, constatando que o mais barato custa R$ 2 e, o mais caro, R$ 10 a hora.
Constatamos que é preciso ficar atento porque em alguns estabelecimentos o preço em destaque é o que indica apenas 30 minutos. Portanto, às vezes o R$ 1,50 pode significar que, por hora, a pessoa terá que pagar R$ 3. Em um dos locais, bem no Centro, registramos o preço de R$ 2 pela hora. Mas, analisando o que indica o asterisco no final do preço, se percebe que tal valor atrativo só é válido para clientes de determinado estabelecimento bancário, com uma espécie de carimbo do local, indicando que a pessoa realmente esteve no banco. Ou seja, o valor para o “cliente comum” é outro.
Portanto, é preciso analisar bem os números relacionados aos preços. Há locais onde a primeira hora custa R$ 3 e, a fração, cada início de hora a seguir, mais R$ 2. Assim, se a pessoa ficar uma hora e um minuto, vai pagar R$ 5. Assim como pagaria esse valor se ficasse exatamente duas horas estacionado. Em outros, os mais caros, R$ 5 cada meia hora, sem direito a fração. Nesses, no período de uma hora o motorista vai pagar cinco vezes a mais do que se deixasse o carro no outro extremo da tabela, onde cada hora sai por R$ 2. Além disso, constatamos que em muitos desses locais o preço em destaque é por 30 minutos, podendo o cliente ser induzido ao erro, caso não repare nas observações de que não vai pagar mais pelo tradicional período de uma hora.
Nossa equipe percorreu as principais ruas da região central, constatando também que, na Delfim Moreira, há três estabelecimentos, vizinhos, exatamente com o mesmo preço, R$ 5 por cada trinta minutos de estacionamento. Nas ruas mais afastadas dos principais pontos de comércio, como na Dr. Aleixo e início da Avenida Lúcio Meira, estão os melhores preços, R$ 2 por hora. Outra observação, essa relatada ao Diário por um leitor, que acabou motivando a produção dessa reportagem, é que alguns estabelecimentos reajustaram os valores cobrados assim que a prefeitura anunciou a retomada do Rotativo. “Tinha lugar que era R$ 3 e passou para R$ 5, sem sequer pensar no consumidor. Outros, passaram de R$ 4 para R$ 5, sem justificativa. Está cada vez mais difícil ter carro em Teresópolis”, relatou a comerciária Ana Rocha.
Previsão de gratuidade
Na rua, o motorista vai pagar R$ 2,50 por hora de estacionamento, no Centro, Várzea e Agriões. A cobrança já era para ter começado. Porém, o governo municipal está aguardando o retorno dos trabalhos na Câmara Municipal para tentar aprovação de lei que permita que moradores de prédios sem vaga de garagem, e que costumam deixar o carro em via pública, tenham total isenção da tarifa. Na região da Feirinha do Alto já há cobrança e, nesse caso, o preço é ainda mais salgado. R$ 4 a hora. Só para se ter uma ideia, em pontos turísticos de Gramado e Canela, cidades que Teresópolis tanto busca inspiração, o valor pelo período de uma hora é R$ 2,40.