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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Estudantes na campanha contra o mosquito Aedes aegypti

Alunos de Ciep realizam ação para conscientizar comunidade sobre o risco da dengue e outras doenças

Marcello Medeiros

Teresópolis já confirmou 266 casos de dengue em 2024, duas vezes menos do que Petrópolis e quatro vezes menos do que em Nova Friburgo. Porém, ainda é considerada preocupante a situação, visto que as notificações têm sido muito mais comuns do que em anos anteriores – reflexo das condições climáticas atuais, segundo estudiosos da área. Nas campanhas para tentar diminuir esses números, o Ministério da Saúde tem enfatizado a importância da participação popular para evitar a proliferação do transmissor da doença, o mosquito Aedes aegypti. E, nesse importante quesito, alunos do quarto e quinto anos do CIEP Professor Amaury Amaral dos Santos, no bairro da Fonte Santa, deram um bonito exemplo. Eles participaram de uma caminhada para conscientizar os vizinhos sobre a necessidade de cada um fazer a sua parte.

Jovens participaram de uma caminhada para conscientizar os vizinhos sobre a necessidade de cada um fazer a sua parte. Foto: Secretaria Municipal de Educação


“Com cartazes com informações sobre os cuidados que todos devem ter para combater o mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya, alunos e professores percorreram diversas ruas do bairro na missão de alertar a comunidade sobre o assunto. Parabéns CIEP Amaury pela iniciativa e incentivo à cidadania dos estudantes!”, divulgou nesta quinta-feira (29), a secretaria municipal de Educação.
O aumento dos casos de dengue levou o governo estadual a decretar epidemia no Rio de Janeiro.  Entre as ações do Plano Estadual de Combate à Dengue estão o treinamento de dois mil profissionais de saúde. Além disso, foram criados 22 polos de hidratação, sendo 11 em UPAs estaduais, além de mais 11 em parceria com os municípios. Há mais 12 pedidos em análise pela secretaria, que tem capacidade para acomodar até 80 polos de hidratação em todas as regiões do estado. O Ministério da Saúde define a dengue como uma doença febril aguda, sistêmica, debilitante e autolimitada. A maioria dos pacientes se recupera, mas parte deles pode progredir para formas graves da doença. A quase totalidade dos óbitos por dengue é classificada pela pasta como evitável e depende, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada e organização da rede de serviços de saúde.

Covid e dengue simultâneas
As hospitalizações por síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) ligadas à covid-19 estão em alta no Centro-Sul do Brasil, e, em alguns estados, há “cocirculação” com o vírus Influenza A, causador da gripe. O alerta foi feito pelo Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (29) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em um cenário em que a circulação simultânea dos vírus da covid-19 e da dengue já causa dúvidas na população pela semelhança entre os sintomas. O pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, descreve a sobreposição das infecções de transmissão respiratória como preocupante. “É um cenário nacional que preocupa bastante. Praticamente todo o Centro-Sul com o crescimento associado à covid-19, alguns estados do Sudeste e do Sul com uma cocirculação – ou seja, circulando ao mesmo tempo covid-19 e influenza A. Embora a covid esteja gerando um número muito mais expressivo de internações do que a gripe, observamos essa circulação simultânea. Alguns estados do Nordeste, em particular a Bahia, também mostram aumento de internações com uma associação bastante sugestiva da gripe”.
Marcelo Gomes recomenda que quem estiver com sintomas e sinais de infecção respiratória fique em casa e faça repouso. Se for indispensável sair, a recomendação é usar uma máscara PFF2 ou N95 para evitar a disseminação do vírus. Essas orientações valem especialmente para quem precisar ir a uma unidade de saúde. A SRAG por covid-19 apresenta tendência de alta no Distrito Federal, Espírito Santo, em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, no Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e São Paulo. Já as associações entre a síndrome e a influenza A (gripe) se dão principalmente na Bahia, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e São Paulo. Segundo o boletim, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, os vírus respiratórios que mais causaram os casos de SRAG foram influenza A (10,3%), vírus sincicial respiratório (10,8%) e Sars-CoV-2/covid-19 (70,6%).

Edição 09/11/2024
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