Há mais de dois meses sem poder decorar seus estandes para receber os clientes na Praça Nilo Peçanha, no bairro do Alto, por conta da pandemia da Covid-19, os expositores da Feirinha de Teresópolis encontraram nas redes sociais uma maneira de manter algum tipo de renda e continuar atendendo aqueles que gostam e valorizam o trabalho dos artesãos do município. Além das suas páginas pessoais, eles montaram um grupo no Facebook (Feirinha de Teresópolis – VENDAS) onde cada expositor pode anunciar seu produto e o cliente também pode publicar o que está procurando. Nesta sexta-feira, por exemplo, registramos pessoas buscando por roupas de moletom, pantufas, meias, panos de prato decorados e também o material que era tradicionalmente vendido nas barracas do setor de alimentação. “Alguém tem o zap da Lúcia que vende strudel diet?”, quis saber Harold Goldfard.“Por favor, alguém tem o contato do senhor que vende sardela e pimenta perto do coreto?”, comentou Natalia Almeida.
Nesses dias frios, as roupas feitas artesanalmente pelos expositores da Feirinha de Teresópolis tradicionalmente fazem muito sucesso. Uma das feirantes que vem utilizando o grupo para atender a demanda é Adriana Rosa. “Feirinha do Alto, stand 382, setor 05 (vermelho). O friozinho chegou! Blusas super quentinhas em lã Acrílica nas Cores das fotos, tamanho único do 38/44. Calças de veludo tamanho M e G e calças social em malha do PP ao GG. Aceito cartão e entrego na Várzea”, publicou.
O grupo foi criado exclusivamente com a intenção de ajudar os expositores com suas vendas e de coloca-lo em contato com clientes. “Poste foto do stand junto com o anúncio para que possa ser identificado. A negociação é de responsabilidade do vendedor e do cliente. Não serão toleradas postagens de vendas de pessoas de fora da Feira, nem de assuntos que não se relacionem às vendas e auxílio a venda”, informa a administração da página.
Delivery no varejo
Conforme decisão judicial da 1ª Vara Cível de Teresópolis, desde a última terça-feira, 26, está novamente liberado o delivery do varejo no município. O MP havia pedido a suspensão dessa flexibilização duas semanas antes. Os comerciantes que realizam esse tipo de serviço devem estar atentos às medidas de prevenção ao contágio do coronavírus, como, por exemplo, a emissão e fixação do Alvará Covid-19 em local visível no estabelecimento.
O delivery do varejo é todo e qualquer comércio do município que ofereça aos clientes a opção de comprar sem precisar sair de casa. Lojas de roupas, calçados e eletrônicos são exemplos de atividades do comércio no varejo. A compra deverá ser feita através das redes sociais, sites, telefone, WhatsApp e o comércio entregará na residência do cliente.
A reabertura gradual das atividades econômicas será fundada em parecer da Secretaria de Saúde, de acordo com as métricas de avaliação da situação, principalmente quanto à taxa de ocupação dos leitos de UTI Covid-19 e a evolução da curva de casos confirmados da doença. O último boletim indicava 803 infectados e todos os 20 leitos de UTI ocupados.