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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Falso missionário aplica golpe e toma R$ 11 mil de idosa em Teresópolis

Homem alegou que estava “orando em residências”, apresentou “óleo ungido” e saiu com dinheiro e cartões

Marcello Medeiros

Uma idosa de 78 anos ficou no prejuízo em R$ 11 mil depois de acreditar em um suposto missionário religioso, que com a desculpa de apresentar um óleo ungido e “orar residências”, conseguiu acesso à casa da vítima na Alameda das Rosas, no bairro Castelinho, entre Ermitage e Fonte Santa. O caso foi registrado na 110ª Delegacia de Polícia, onde a aposentada contou como acreditou que estava sendo abençoada e acabou perdendo suas economias.
Segundo ela, o homem com idade entre 40 e 50 anos, de cor branca, alto, forte, cabelo baixo e de cor castanha, disse que “era missionário e que estava orando as casas”, possuindo um “óleo de unção para abençoar toda a residência dela”. Em seguida, pingou um pouco do óleo de cor vermelha nas mãos da idosa, que passou no rosto. Nisso, ela ficou tonta e permitiu que ele ingressasse no imóvel.
Ainda meio desnorteada, foi orientada a pegar todos os documentos e cartões, “sem mentir e esconder porque Deus estava vendo”. Ela colocou na mesa cartões e R$ 4 mil em dinheiro, além de assinar um papel onde estariam o número da sua identidade e números de seus cartões. Depois de “abençoar” todos os documentos, supostamente os enrolou em um papel e orientou que guardasse dessa forma por sete dias. Porém, teria levado os cartões da vítima que, horas depois, constatou que havia desaparecido da sua conta a quantia de R$ 7 mil. A idosa informou ainda que não sabe ler ou escrever, não sabendo exatamente o que havia no papel que assinou – correndo o risco de em breve descobrir algum empréstimo feito em seu nome.

Muitos golpes
O estelionato é o delito com maior número de ocorrências registradas em Teresópolis. De acordo com o setor estatístico do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP-RJ), entre janeiro e julho de 2024 foram anotados na 110ª DP 757 casos de estelionato. Em todo o ano passado, foram 1.496 vítimas de golpes diversos. Atualmente, os que têm ocorrido com mais frequência são o do “filho fake”, onde após conseguir o telefone da vítima o estelionatário se passa por um familiar alegando ter mudado de número e horas depois pede algum tipo de ajuda financeira, e o do “intermediário” em anúncios de classificados. Nesse segundo, os golpistas geralmente usam esse setor das redes sociais, republicando anúncios reais de produtos diversos – geralmente com o preço mais em conta. Quando a pessoa entra em contato com o telefone informado, ele alega que o interessado deve ir a um determinado lugar, onde um parente ou amigo vai mostrar o que está sendo vendido, inventando algum tipo de impedimento para não ir pessoalmente. Em seguida, ele entra em contato com o vendedor real marcando a visita, se passando por um comprador. Mas, para fazer o pagamento, a pessoa interessa já havia sido orientada a dar um sinal ou fazer a transferência do total para uma conta indicada por ele. Quando tenta sair com o item, ela descobre ter sido vítima de um golpe.

Edição 21/11/2024
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