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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Frota de veículos licenciados em Teresópolis ultrapassa 112 mil

Número de carros e motos é cada vez maior, enquanto o de ônibus reduz a cada levantamento do Detran

Luiz Bandeira

A questão da mobilidade é tema de constantes debates entre setores da sociedade, preocupados com os impactos que tantos veículos juntos causam sobre os centros urbanos e sobre a vida das pessoas. Moradores de grandes centros e regiões metropolitanas têm suas vidas severamente afetadas diariamente, por congestionamentos que paralisam essas regiões, sobretudo em horários de maior movimentação. Isso afeta a qualidade de vida, toma tempo das pessoas e acaba por reduzir o convívio social pacífico entre condutores de veículos que dividem o mesmo espaço e acabam engarrafados nas ruas. Para fugir dessa situação, nos últimos anos percebemos um maior movimento de pessoas procurando cidades do interior para morar com a família, na expectativa de encontrar paz e de ter uma vida mais tranquila. Não são poucos os relatos de pessoas que deixaram a região metropolitana do Rio de Janeiro para vir morar aqui em Teresópolis, buscando qualidade de vida e tranquilidade. Realmente nossa cidade é um paraíso se a compararmos com a Região Metropolitana, porém, na questão trânsito, já se assemelha a determinados pontos da capital do estado, visto que os engarrafamentos aqui vêm se tornando constantes e piorando a cada dia.
Não é difícil entender porque o trânsito de Teresópolis está dessa forma, que beira o colapso, quando você verifica, no setor de estatísticas do Detran-RJ, o número de veículos licenciados na cidade neste último ano. São 2.966 novos veículos licenciados entre carros, motocicletas, caminhões e ônibus, de janeiro e novembro de 2022, totalizando uma frota de 112.014. Somado a esse número temos ainda os veículos de visitantes que diariamente chegam à cidade, e assim, com muitos desses circulando ao mesmo tempo, em horários de pico, se estabelece o caos nas ruas da cidade.

Comandante da GCM, Gil Wellington


O comandante da Guarda Civil Municipal de Teresópolis, Gil Wellington destaca o desafio dos agentes no controle do trânsito da cidade. “A Guarda Municipal vem atuando com seus agentes em alguns horários que a ‘mancha’ mostra qual o horário do ‘rush’, o horário crítico do trânsito, como por exemplo em dois pontos que são eixos do centro da cidade que é bem complexo, que é o caso do trecho da antiga Casa de Saúde, em direção à Barra e ao Vale Paraíso, a gente tem alguns agentes ali pra tentar não deixar fechar aquele cruzamento e deixar aquele acesso livre pra quem sobe ou pra quem desce, também aqui no trecho conhecido na Guarda Municipal como base dois, na saída do Parque Regadas para a Reta. Ali é considerado o coração do trânsito, porque se a gente não tiver um cuidado maior nesse ponto, embola o trânsito todo da cidade, apesar de ser perto do Regadas ele causa reflexo aqui perto do Pedrão. Então se a gente não tiver esse tato de colocar nesses ponto agentes no horário de pico, complica o trânsito”, detalha o comandante da GCM.

Transporte coletivo enfraquecido
Em países onde o desenvolvimento dos grandes centros se deu respeitando uma melhor convivência entre as pessoas, observando a distribuição do espaço para a circulação fluida de veículos e pedestres, a utilização de variados modais de transporte público de passageiros é fundamental, oferecendo assim opções ao carro particular, muito mais danoso ao trânsito. Voltando aos números apresentados pelo Detran-RJ, verificamos que o transporte público de passageiros em Teresópolis vem perdendo espaço já que a frota manteve-se a mesma que do ano passado e o pior com 45 ônibus a menos que no ano de 2012, quando tínhamos 321 ônibus licenciados aqui, atualmente são 276, divididos entre as três empresas de ônibus para o transporte de passageiros e outras que trabalham com fretamento.

Motocicleta poderia ser solução, mas…
A adoção do uso de motocicleta, que poderia ser uma solução, para desinchar o trânsito, não surte o efeito desejado, já que observamos todos os dias jovens motociclistas sem placa nos veículos, produzindo um sem número de infrações, exibindo perícia em manobras arriscadas, ultrapassando o tráfego costurando entre os carros, muito a cima do limite de velocidade, infernizando a vida das pessoas quando retiram parte do escapamento que reduz o ruído do motor. Ainda assim, mais 961 motos passaram a rodar na cidade nestes últimos 11 meses. Em dez anos foram 6.674 novas motocicletas licenciadas em Teresópolis.

Solução sustentável e não poluente
Outra solução adotada buscando diminuir o uso do carro é a utilização de veículos de tração humana ou assistidos com pequenos propulsores elétricos, como skates, patinetes e as consagradas bicicletas, porém para isso é preciso adotar políticas públicas que transformem vias da cidade para a circulação segura, sem a necessidade que se dispute espaço com veículos automotores. É claro que campanhas de educação no trânsito através de veículos de comunicação e redes sociais, são fundamentais para formar uma consciência para a convivência pacífica e segura entre todos, mas se cada um fizer a sua parte, podemos ter um trânsito melhor e mais seguro.

FROTA MUNICIPAL

2022
TOTAL – 112.014
CARROS – 68.303
MOTOS – 22.053
ÔNIBUS – 276
CAMINHÕES – 2899

2021
TOTAL – 109.048
CARROS – 67.192
MOTOS – 21.092
ÔNIBUS – 276
CAMINHÕES – 2824

2012
TOTAL – 76.684
CARROS – 48.726
MOTOS – 15.379
ÔNIBUS – 321
CAMINHÕES – 2176

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Edição 02/05/2024
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