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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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GREVE: Teresópolis sem ônibus nesta terça-feira

Motoristas em greve devido à falta de reajuste de salário e valor da cesta básica

Na madrugada desta terça-feira (12) teve início a greve dos rodoviários em Teresópolis. Os representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Cargas e Passageiros de Teresópolis e Guapimirim estiveram na redação do Diário no dia 21 de fevereiro para alertar sobre a possibilidade dos profissionais responsáveis pelo transporte coletivo no município cruzarem os braços. Segundo eles, não foram pagos os reajustes salariais previstos para os dois últimos meses e ao valor da cesta básica da categoria também é considerado defasado. Diante dessa situação, foi realizada uma assembleia e definido pelo “estado de greve”. As empresas Dedo de Deus, 1º de Março e Teresópolis, estão com os serviços paralisados.

“Estamos negociando há dois meses e sem solução. Pedimos a população que compreenda”, pontua o Presidente do Sindicato dos Rodoviários, José Maria Vieira da Motta. Foto: Marcello Medeiros/Diário

“Não é uma decisão minha, mas de toda a categoria. As empresas dizem que não têm condições de pagar o motorista e como a data base é em janeiro, até agora não houve nenhuma perspectiva de sair o aumento. E precisa ter aumento, está super defasado. Essa é uma categoria que tinha piso salário de cinco salários mínimos, hoje é dois ou menos. Assim fica difícil resolver a situação só na negociação, assim tivemos que colocar em estado de greve. Vamos dar 72 horas para que as empresas nos passem alguma posição, se não tiver iremos paralisar o transporte em Teresópolis. Pedimos desculpas a população, não queríamos essa situação, mas estamos negociando há dois meses e sem solução.

Ônibus não sairam da garagem na manhã desta terça-feira. Empresa questiona falta de apoio do governo municipal para pagamento de gratuidades – PLANTÃO DIÁRIO

Pedimos a população que compreenda”, pontua o Presidente do Sindicato dos Rodoviários, José Maria Vieira da Motta. Também segundo Motta, a preocupação maior é com as empresas que atuam na zona urbana e rural do município, mas também estão sendo cobradas melhorias na responsável pelas linhas intermunicipais. “São as empresas Viação Dedo de Deus, Primeiro de Março e Viação Teresópolis, essa um pouquinho melhor, mas também tem problemas para resolve, aí não sei se vai ter que paralisar também”, disse durante entrevista ao Diário antes do inicio da greve.

Viação diz que não é possível atender pedidos do sindicato
Em nota divulgada as 07h30 da manhã desta terça-feira, 12, a Viação Dedo de Deus e Viação 1º de Março informam que lamentam a greve deflagrada essa manhã e esclarecem que, no momento, e que não é possível atender os pedidos feitos pelo sindicato dos rodoviários diante da falta de recursos financeiros. “As empresas ressaltam que estão recorrendo a empréstimos para arcar com seus compromissos diante dos colaboradores, já que a tarifa de ônibus na cidade de Teresópolis encontra-se defasada e insuficiente para cobrir todos os custos de operação do sistema devido ao alto número de viagens gratuitas sem repasses públicos. O percentual de gratuidades no município chega a 43% dos embarques. As empresas pedem desculpas à população e estão tomando todas as medidas necessárias para uma solução que restabeleça a totalidade do serviço de transporte coletivo da cidade o quanto antes” divulgou.

Prefeitura informa que busca alternativas para tentar encerrar a greve

Mesmo com aviso de greve e matérias na imprensa local onde o Sindicato dos Rodoviários avisou a possibilidade de greve por diversas vezes, a Prefeitura Municipal de Teresópolis informou que foi “surpreendida nesta manhã, dia 12, com a paralisação dos rodoviários, decidida no final da noite de ontem pela categoria e iniciada já nesta madrugada”. A nota também informa que “assim que o prefeito Vinicius Claussen tomou conhecimento da greve, determinou que a Procuradoria Geral do município buscasse alternativas junto à empresa para encerrar a greve o mais rápido possível, diminuindo os transtornos para a população. Informamos que o transporte escolar não foi afetado pela greve”.

A Prefeitura informou que “reforça que as relações trabalhistas com os rodoviários são de responsabilidade da empresa que opera o sistema. A atual gestão vem buscando alternativas e novas fontes de financiamento do transporte público, que enfrenta uma grave crise na maioria dos municípios” a empresa questiona que a Prefeitura de Teresópolis não ajuda nos custos para manter as gratuidades.

  • Atualizado as 09h55 para incluir a informação da Prefeitura

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Edição 22/11/2024
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