Em nota, encaminhada ao Diário através da Gerência de Comunicação da Feso, a direção do Hospital das Clínicas Costantino Ottaviano negou a informação divulgada na última sessão ordinária da Câmara Municipal de que no último fim de semana haveria quatro leitos disponíveis e supostamente negados a pacientes do SUS que aguardavam transferência, crianças em quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave em consequência do vírus Influenza, que estavam na Beneficência Portuguesa. “O Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano (HCTCO) informa que, no último fim de semana, não havia leitos ociosos na unidade de pediatria. Três leitos estavam reservados para crianças já liberadas pela Central de Leitos do HCTCO para a Secretaria de Saúde e aguardando transferência. Outras duas vagas disponíveis eram destinadas exclusivamente a pacientes sem sintomas respiratórios, a fim de evitar o risco de contaminação”, destaca o documento.
Também segundo o posicionamento da direção da unidade hospitalar, apesar de divulgado por um vereador que o prefeito e o secretário de Saúde teriam ido ao local verificar e ‘determinar a liberação das vagas’, a transferência já estava sendo tratada com o titular da pasta: “O HCTCO esclarece, ainda, que apenas o secretário municipal de Saúde, Sr. Fabio Gallote, que já mantinha contato telefônico com a Direção do hospital, compareceu pessoalmente à unidade para verificar a situação. Na ocasião, foi prontamente acolhido pela equipe, que prestou todos os esclarecimentos pertinentes”.
Sistema de regulação é questionado
Apesar de citar a situação envolvendo o nome da unidade administrada pela Feso, e também falar sobre o Hospital São José, o vereador Raimundo Amorim (UNIÃO) questionou, principalmente, o sistema de regulação de vagas do governo estadual – a qual Teresópolis, assim como os outros 91 municípios da federação, está sujeito. “Com isso temos que pegar uma criança daqui e mandar para Volta Redonda, Niterói, pessoas que às vezes não tem condições de ir para uma cidade longe dessas”, pontuou o Edil, que também é médico.
Surto de gripe
Como alertou o Diário na semana passada, com dados da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Teresópolis vem registrando um aumento expressivo nos casos de gripe Influenza neste outono – inclusive em situações mais graves. O município, assim como vários outros no país, enfrenta um surto atípico, com crescimento superior a 100% no número de internações por influenza em comparação com o mesmo período do ano passado.