Marcello Medeiros
Em liberdade há apenas 20 dias, um morador do Morro do Tiro nem teve tempo para “ficar com saudade” dos colegas de cela. Nesta terça-feira, já deve estar ocupando o mesmo espaço que havia deixado livre no início de agosto, onde respondia por tráfico de entorpecentes. Dessa vez, o rapaz residente na Rua Armando Vieira passará mais um período encarcerado acusado de porte ilegal de arma de fogo e tentativa de homicídio. As vítimas, policiais do 30º BPM acionados para apurar informação que havia um homem “armado e transtornado pelas vielas do bairro”.
Equipes do PATAMO, DPO São Pedro e Polícia Reservada (P2) se dividiram nos principais acessos da comunidade e conseguiram chegar ao denunciado. Segundo informado pelos militares, ao perceber a chegada de uma das guarnições, ele sacou o revólver e tentou disparar – o que só não aconteceu porque o calibre 38, bastante enferrujado e provavelmente sem manutenção, falhou. Ao constatar o possível ataque, os policiais revidaram.
O jovem saiu correndo pelos becos até encontrar outra equipe e se render. Na 110ª Delegacia de Polícia, alegou que estava sendo ameaçado de morte, por isso estava de posse da arma de fogo, para enfrentar o desafeto. Ele alegou ainda que ao tentar disparar não percebeu que eram policiais.
O morador do Morro do Tiro já tinha quatro anotações em sua ficha criminal, sendo uma delas justamente a de tentativa de homicídio contra um suposto concorrente na venda de entorpecentes naquela comunidade, uma das divisões do populoso bairro de São Pedro. As outras três, por tráfico de drogas. Após prestar depoimento e passar um período no xadrez da delegacia local, ele foi transferido para unidade prisional da Polinter, no Rio de Janeiro.
Participaram da operação as equipes da PATAMO compostas pelo Subtenente Michel, Cabo Magno Geraldo, Cabo Lorran e Soldado Damásio; DPO São Pedro com Sargento Cristiano, Cabo Hamilton, Soldado Andrade e Soldado A. Carlos; e Polícia Reservada, cuja identificação dos componentes, logicamente, não pode ser revelada.