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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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INEA identifica sete pontos de desmatamento em Teresópolis

Monitoramento feito através de satélite permite acompanhamento de possíveis crimes ambientais

Marcello Medeiros

Graças ao projeto “Olho no Verde”, que utiliza imagens de satélite de alta resolução obtidas semanalmente – que permitem identificar, com precisão, o corte até mesmo de uma única árvore – o Instituto Estadual do Ambiente identificou sete pontos de desmatamento de grande área em Teresópolis. Com as informações obtidas através do equipamento de última geração, o INEA foi a campo com duas equipes, uma em helicóptero e outra por terra, para tentar identificar e autuar os autores dos crimes ambientais em área de Mata Atlântica. Apesar dos esforços, apenas um dos apontados como responsáveis foi encontrado, proprietário de um sítio no interior que terminou na 110ª Delegacia de Polícia.  
Em um dos locais, os fiscais do Instituto encontraram até construções já iniciadas. Um dos terrenos que teve a vegetação extraída fica em topo de morro protegido pelo Parque Estadual dos Três Picos. Nesse local, de difícil acesso para quem está a pé, foi necessário pousar a aeronave para que um dos agentes instalasse placa do projeto indicando que a área está sendo monitorada. Em uma área com o tamanho de aproximadamente 11 campos de futebol, a informação é que o loteamento que estava sendo aberto seria transformado em um condomínio. Porém, tal local fica bem próximo de um rio e está em APP (Área de Preservação Permanente) e não poderia, por tanto, não receber nenhum tipo de intervenção. Até um lago artificial sendo construído foi flagrado na operação do instituto. O programa teve início em 2016 e, desde então, já identificou seis mil hectares de desmatamento somente na Região Serrana.

“Olho no Verde”
Através do projeto, a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) e o Instituto Estadual do Ambiente concentram esforços em ações para ampliar a cobertura de Mata Atlântica e buscar o desmatamento ilegal zero deste importante bioma. Fruto de uma parceria entre a SEA, o INEA e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/ Coppetec), o Projeto envolve o monitoramento sistemático da cobertura florestal de uma área de sete mil quilômetros quadrados, onde se localizam os principais remanescentes florestais do Estado. Para isso, utiliza imagens de satélite de alta resolução obtidas semanalmente, o que permite identificar, com precisão, o corte até mesmo de uma única árvore.
A fiscalização envolve o Comando de Polícia Ambiental (CPAm), as superintendências regionais do Inea, equipes das unidades de conservação estaduais e a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA). O Comando de Polícia Ambiental é um dos parceiros da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), órgão da Secretaria de Estado do Ambiente que executa operações de inteligência, fiscalização e repressão aos diversos crimes ambientais que ocorrem no território fluminense.
O Projeto Olho no Verde tem como objetivo o combate ao desmatamento através da incorporação da tecnologia do imageamento por satélite e de processamento de dados espaciais. O Olho no Verde é capaz de identificar desmatamento com até 300 metros quadrados. As imagens captadas são enviadas para o laboratório de georreferenciamento da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) onde passam por uma triagem.
O Projeto Olho no Verde veio para reforçar a preservação das áreas remanescentes de Mata Atlântica no Estado do Rio. O objetivo é alcançar o desmatamento zero ilegal. Hoje, o estado ainda mantém 30% de Mata Atlântica em seu território. O Rio de Janeiro é considerado pela Fundação SOS Mata Atlântica, uma referência como estado que cuida desse bioma.
Denuncie ameaças ou agressões ao ambiente, tais como imóveis construídos ilegalmente, caça predatória, apreensão ilegal de animais em unidades de conservação (UCs), lixões, carvoarias em locais indevidos, dentre outros. Os telefones são 0300-253-1177e (21) 2334-5906. Além disso, o Comando de Polícia Ambiental mantém equipe em Teresópolis, com sede administrativa no interior da Fazenda Ermitage.

 

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Edição 04/12/2024
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