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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Internações para tratamento oncológico e transplantes caíram em quase 40%

Esse dado consta do relatório quadrimestral da Secretaria Estadual de Saúde apresentado à Alerj

O Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior (RDQA) de 2021, da Secretaria de Estado de Saúde (SES), apontou uma queda de 37,6% na quantidade de internações para tratamento em oncologia, e de 36,8% nas internações para procedimentos relativos a transplantes nos hospitais da rede estadual. O relatório foi apresentado nesta segunda-feira (28/06), durante audiência pública virtual da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).A presidente do colegiado, deputada Martha Rocha (PDT), questionou a razão da diminuição dessas internações. “Por mais que estejamos em tempos de pandemia, queria saber quando vamos retornar a um equilíbrio para atender às questões da oncologia e do transplante. Recebemos constantemente reclamações de usuários que não estão conseguindo atendimento, consulta, agendamento de exames, entre outros. Além disso, embora as metas da Secretaria não tenham sido especificadas no relatório, nós observamos que o cumprimento dessas metas não ultrapassa 50%, e precisamos saber quais são os obstáculos para dar mais efetividade para o cumprimento dessas diretrizes”, indagou a parlamentar.Em resposta, a representante da Assessoria Técnica de Planejamento da SES, Monica Almeida, afirmou que o fluxo dos usuários não tem chegado à SES devido à pandemia. “As internações em oncologia estão reduzidas em função da forte demanda sobre as unidades hospitalares e centros de diagnóstico. A pandemia impactou fortemente na atenção especializada, não só sobre a oncologia, mas também sobre os procedimentos cardiovasculares. Esperamos que, com a ampliação da vacinação, a retomada das atividades para esses usuários possa ocorrer”, declarou.Segundo a superintendente de Regulação da pasta, Kitty Crawford, muitos leitos normais das unidades foram transformados em leitos para atender pacientes de covid. “Com a redução de casos, estamos adaptando esses leitos novamente para todos os pacientes nos hospitais de urgência da nossa rede. Mas também precisamos que isso aconteça na rede federal, que é a rede que oferta consulta especializada em oncologia. Em relação aos exames, a maioria dos testes é de regulação do SISREG. De fato diminuímos a oferta, mas também diminuiu a procura. Os pacientes não estão encontrando acesso na atenção básica para chegar ao exame de oncologia. É uma situação que nos preocupa muito”, destacou.O relatório também apontou que o Governo Federal repassou R$120 milhões aos municípios fluminenses, para financiar leitos para tratamento de pacientes de covid-19 no Rio. A deputada Lucinha (PSDB) perguntou qual o volume de recursos previsto para os próximos meses, em decorrência de novas variantes do vírus: “O financiamento federal foi de 130 leitos em fevereiro, 781 em março e 970 em abril. Então, qual é a previsão que a Secretaria tem em relação ao repasse de recursos para o aumento de leitos de covid no estado? Precisamos saber quanto será destinado nos próximos quatro meses. É necessário saber onde o Governo Federal está investindo e se esse dinheiro está chegando à Secretaria de Saúde”.Novos leitosEm relação à previsão de aumento do número de leitos, o secretário Alexandre Chieppe anunciou a elaboração de um novo plano de contingenciamento. De acordo com ele, o plano já está na etapa de finalização e deverá ser apresentado à Comissão de Saúde em nova audiência pública.Segundo a subsecretária-geral da pasta, Rachel Rivello Elmor, a secretaria financia leitos no estado de acordo com as necessidades dos municípios fluminenses. “A Secretaria de Estado de Saúde tem financiado leitos UTI covid que não estão habilitados pelo Ministério da Saúde, de acordo com a disponibilidade dos municípios. Eles nos sinalizam os leitos de UTI que conseguem ampliar, submetem à regulação estadual e nós pactuamos esse leito e financiamos. Temos uma despesa média de leitos UTI covid de R$ 50 milhões por mês, porque à medida que o Ministério habilita os leitos dos municípios, o Estado deixa de financiar e o financiamento passa a ser federal”, disse.

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Edição 30/11/2024
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