Marcello Medeiros
Em nota encaminhada para a redação do Diário na tarde desta quinta-feira (10), a Direção do Hospital das Clínicas de Teresópolis Costantino Ottaviano comunicou a conclusão da sindicância interna que apurou a ocorrência de supostos atos libidinosos no interior do HCTCO durante plantões noturnos e envolvendo colaboradores da unidade. “A investigação foi prontamente iniciada em resposta aos comentários e vídeos recentemente espalhados nas redes sociais, que levantavam sérias dúvidas sobre a conduta dos profissionais em nossas instalações”, destaca o comunicado oficial, que pontua a informação que, após apuração detalhada, que incluiu a análise de documentos, oitivas de testemunhas e filmagens das câmeras de segurança, “não foram encontradas quaisquer evidências que comprovem a ocorrência dos atos indevidos nas dependências do HCTCO”.
A direção da unidade hospitalar informa que os vídeos e áudios que circularam extensivamente nas redes sociais foram submetidos a uma verificação. “Sendo os resultados dessa verificação, inequívocos: as imagens não foram gravadas em nenhuma de nossas instalações e as pessoas envolvidas nos vídeos não fazem parte do corpo funcional do nosso hospital. O áudio em questão teve seu narrador identificado, revelando que seu conteúdo não passou de uma falácia irresponsável do próprio autor”.
Diante da gravidade das acusações e da disseminação de informações inverídicas, o HCTCO informa também “que adotará todas as medidas judiciais cíveis e criminais cabíveis contra os responsáveis por atos de difamação que atentem contra a honra e a imagem de nossa instituição e de seus profissionais”.
Coren divulga nota de repúdio
Assim que o caso começou a ganhar repercussão, o Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro publicou nota de repúdio e manifestou apoio aos profissionais prejudicados – assim como toda a categoria. O Coren-RJ destaca que se trata de “vinculação indevida, desrespeitosa e sensacionalista da imagem dos profissionais de enfermagem associada a suposto episódio de cunho pessoal e de teor sexual”.
O importante conselho de classe também reforça que “esse tipo de vinculação vexatória não reflete, de forma alguma, à realidade da conduta ética e moral e do compromisso dos mais de 360 mil profissionais de enfermagem que, diariamente, se dedicam com competência, responsabilidade e compromisso social ao cuidado da população fluminense”.
O Coren-RJ também destaca que o uso inadequado de qualquer elemento que remeta à imagem da enfermagem em situações que deturpem ou comprometam à profissão, configura desrespeito e caracteriza afronta à dignidade profissional, além de alimentar estigmas e preconceitos históricos que a categoria luta há décadas para combater. “Por isso, o Coren-RJ está adotando todas as providências legais para coibir a propagação de conteúdos que associem, de forma indevida, a imagem dos profissionais de enfermagem, além do acionamento dos órgãos competentes visando a devida apuração dos fatos e responsabilização dos envolvidos, dentro dos limites de nossa atuação”, divulgou o Conselho de Enfermagem do Rio de Janeiro.