Cadastre-se gratuitamente e leia
O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
em seu dispositivo preferido

Jovens atropelados na Várzea tiveram apenas lesões leves

Mais um impressionante acidente na Reta reabre debate sobre mudanças no trânsito

Uma das imagens mais compartilhadas nas redes sociais teresopolitanas no último fim de semana foi a de um veículo invadindo a calçada, aparentemente em alta velocidade, e atingindo dois pedestres que caminhavam sentido Alto pela Avenida Feliciano Sodré, na Várzea, bem próximo ao supermercado Multi Market. O automóvel em questão, um Fiat Siena de cor cinza, estava na mesma direção e foi projetado para a passagem de pedestres após atingir a frente de um VW de cor preta que atravessou a pista principal no cruzamento com a Rua Nova Friburgo no final da noite do último sábado (27). “Tudo foi muito rápido, não houve tempo para desviar, para evitar a grave colisão”, relatou ao jornal O DIÁRIO um jovem que disse ter presenciado a cena. As imagens que tiveram maior repercussão foram as do sistema de câmeras de um estabelecimento comercial mostrando o Fiat surgindo muito rápido e atingindo violentamente os pedestres. Olhando a impressionante cena, a impressão que se tem é que os dois não teriam sobrevivido ao impacto. Porém, segundo apurado pela nossa reportagem nessa segunda-feira, os jovens envolvidos tiveram apenas lesões leves e foram liberados do Hospital das Clínicas Costantino Ottaviano (HCTCO) poucas horas após o atendimento médico.

De acordo com boletim obtido com a Assessoria de Comunicação do UNIFESO, responsável pela unidade hospitalar, Lucas Vilela foi atendido pela Ortopedia e Traumatologia e Cirurgia Geral, realizou a rotina de trauma e liberado ainda na madrugada de domingo. A jovem Letícia Rezende passou pelo mesmo setor e foi para casa na parte da manhã do mesmo dia. Os dois foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros, que prestou ainda atendimento aos ocupantes dos veículos envolvidos na colisão, que não precisaram de encaminhamento para o HCTCO. 
A impressionante situação, que poderia ter acabado com vítimas fatais, aconteceu duas semanas depois de acidente gravíssimo no bairro do Alto, onde três jovens morreram após o condutor de um Escort, em alta velocidade, perder o controle da direção, atingir um poste e depois outro veículo – em plena luz do dia. O caso deste fim de semana, porém, reabriu ainda a discussão sobre a necessidade de um planejamento maior no trânsito de Teresópolis em relação à velocidade e cruzamentos permitidos nas principais avenidas do município, Feliciano Sodré e Lúcio Meira. No caso do encontro da Feliciano com Nova Friburgo, por exemplo, diversos outros acidentes foram registrados devido a difícil visibilidade por conta das filas de veículos aguardando para realizar o mesmo procedimento. Em alguns pontos da Reta, a Guarda Municipal já fechou retornos com objetivo de melhorar o fluxo no trânsito e diminuir o número de acidentes.

Trânsito perigoso
No ano passado O DIÁRIO publicou reportagem mostrando que o trânsito é o principal motivo de ligações para pedido de socorro no telefone 193. Em 2017, Teresópolis registrou 680 ocorrências nas zonas urbana e rural. Colisões, capotamentos, tombamentos, atropelamentos… Foram diversas situações envolvendo pedestres e veículos de todo o tipo que poderiam ser reduzidas se não fosse comum pensar apenas na última etapa, o atendimento dos Bombeiros. Na ocasião, o Tenente Fábio Pimentel, um dos Oficiais do 16º GBM, enfatizou que o trânsito tem três pilares que precisam ser melhor trabalhados e até revistos para se diminuir o número de vítimas parciais e fatais nos problemas do dia a dia em Teresópolis.


“O trânsito é um fenômeno social composto por três pilares. Um é a questão da engenharia. É necessário que se reveja a estrutura da cidade o no que tange ao transito. Por exemplo, nossa Reta tem vários retornos que facilitam acidentes em cruzamentos, principalmente de moto. Segundo, na parte coercitiva, fiscalizatória. É necessário que aumentemos essa fiscalização. O terceiro pilar que é onde o Corpo de Bombeiros quer atuar mais. Estamos muito tristes e cansados de simplesmente atuar no socorro. Fizemos uma série de compilação de dados dos últimos anos, inclusive com georeferências dos principais locais e horários de acidentes. Então queremos atuar na educação, principalmente de crianças. A partir do momento que a criança souber que se não estiver na cadeirinha, no cinto de segurança, e seus pais também não estiverem, em velocidade x vai estar tantas vezes acima do seu peso e pode se machucar não somente se o seu pai ou sua mãe ao dirigir bater, mas tem que criar cultura preservacionista, imaginando que tem alguém inconsequente que vai dirigir após ingerir bebida alcoólica e se invadir sua mão e você não estiver com cinto de segurança, sua criança presa adequadamente, vai sofrer ainda mais consequências disso. Queremos trabalhar com educação e fornecendo dados para que a atitude coercitiva seja melhor executada também”, pontuou.

 

Tags

Compartilhe:

Edição 01/05/2024
Diário TV Ao Vivo
Mais Lidas

Idoso tem o fêmur fraturado após discussão por causa de jogo on-line

Prefeitura de Teresópolis tem a luz cortada por falta de pagamento

Em nova onda de temporais, governador gaúcho pede apoio federal

Legado dentro e fora da pista mantém Senna eterno, 30 anos após morte

Feriado do Dia do Trabalho: veja o que funciona em Teresópolis

WP Radio
WP Radio
OFFLINE LIVE