Luiz Bandeira
Heróis do esporte teresopolitano, já obtiveram bons resultados internacionais, alguns muito expressivos, inclusive em modalidades esportivas variadas. Porém, é senso comum entre atletas e treinadores que apenas ter talento, comprometimento, empenho e dedicação em treino, acaba não sendo suficiente para alcançar o topo, diante de uma concorrência que recebe mais recurso técnico e incentivo financeiro. No entanto, desafiando todas as probabilidades e dificuldades, a família do empresário Cleiton Rocha vem se desdobrando e abdicando de muita coisa em prol do desenvolvimento esportivo dos jovens tenistas da família Artur e Sofia Rocha que vêm colhendo bons resultados, pois atualmente estão entre os melhores tenistas do país em suas categorias. “Nossa família vem se empenhando no desenvolvimento deles desde pequenos. Começaram aqui na Casa de Portugal, em um programa de tênis social com Cleiver e Carregal. Nosso objetivo inicial era só esporte que já trás um bem enorme para as crianças, o que atualmente já é uma salvação. Aos 12 anos o Artur começou a jogar uns torneios no Rio de Janeiro e ele mostrou que tinha uma aptidão pra jogar e competir. Com isso Sofia voltou a jogar tênis nessas competições do Artur e de lá pra cá a gente vem tendo bons resultados, tanto com o Artur quanto com a Sofia. Os dois agora em julho passado representaram o estado do Rio de Janeiro na Copa das Confederações que acontece em Uberlândia- MG”, conta o orgulhoso pai.
Ainda segundo Cleiton Rocha, Artur e Sofia só não estão mais bem ranqueados no cenário do tênis sul-americano porque não há recursos próprios para poder bancar todas as viagens para competições internacionais. “Uma parte hoje um pouco complicada é pagar esses custos inteiros, principalmente quando nós temos viagens na América do Sul, temos vários torneios Cosat (Confederação Sul-americana de Tênis), que são torneios internacionais importantes para ranquear”, lamenta Cleiton, dizendo que “ainda assim a família se empenha para buscar formas de leva-los à frente”.
O pai dos jovens tenistas falou ainda que em alguns estados do Brasil há um maior incentivo do poder público para jovens promessas no esporte e citou Brasília, onde há um projeto de incentivo com recursos para passagens aéreas para os bons atletas participarem de competições. Cleiton disse também que aqui no estado do Rio de Janeiro há o programa “Bolsa Atleta” onde ele tenta inscrever seus filhos. Para Cleiton, “o tênis é um esporte caro, as viagens são caras”.
Muitas competições
Hoje os dois estão treinando na “Tênis Route” uma academia de alta performance, sendo considerada uma das melhores academias de tênis da América do Sul. “Artur hoje tem 15 anos, treina em dois turnos, três horas de manhã e três horas à tarde, Sofia o mesmo. Hoje eles estão abdicando de muita coisa por essa luta de passar praticamente seis horas por dia treinando tênis. Os estudos deles hoje são completamente Online, que é realizado nesses períodos, até porque tem ainda as competições, nesta quarta, 01 de fevereiro, a gente já está descendo pro Rio de Janeiro para um torneio em Niterói”.
A família agora se prepara agora para embarcar para duas competições de projeção internacional no Sul do país. “Em fevereiro agora nós temos o “Banana Bowl 2023”, em Criciúma-SC e a “Juniors Cup 2023”, em Porto Alegre-RS, onde nós também passaremos mais 20 dias viajando, jogando torneios internacionais que terão atletas do mundo inteiro”.
Primeiro professor
O instrutor de tênis da Casa de Portugal Cleiver Gusmão, que apresentou o esporte para Artur e Sofia quando ainda eram crianças, projeta o sucesso dos irmãos. “Os maiores responsáveis são os pais deles, o pai e a mãe, mas o Artur é muito esforçado, desde pequenininho a gente sabia que ele era muito forte fisicamente, muito concentrado. Ele começou aqui na Casa de Portugal, mas ele desenvolveu mais no Rio de Janeiro e jogando torneio e ele está nesse processo e está ‘voando’ mesmo. A Sofia é mesma coisa, o tênis masculino é mais forte só que o feminino também hoje, as meninas estão se preparando muito, talvez o caminho do feminino tenha um pouco menos quantidade de concorrência, mas para as que estão ali o funil é muito curto e é muito difícil”.
Orgulho e futuro
Cleiton tem projetos bem definidos para o futuro dos seus filhos. “Sofia tem mais um ano aqui conosco treinando e jogando os torneios. Ela já atingiu um excelente nível pra concorrer a uma bolsa acadêmica nos Estados Unidos e continuar competindo lá. Em relação ao Artur, ele é um atleta de 15 anos que joga tênis muito bem, está entre os melhores jogares de 15 anos do Brasil e temos ainda muito tempo com o Artur, temos ainda três ou quatro anos de trabalho pra realmente saber em que nível ele vai chegar daqui a três anos, quem sabe se tornando um jogador profissional”.
É preciso apoiar
Apoio financeiro para ajudar nas despesas dessas jovens promessas do esporte teresopolitano é o que pedem as pessoas que acreditam em grandes conquistas dos irmãos no tênis. “Se conseguirmos apoio para passagens aéreas, ou seja, qualquer apoio é bem vindo, pois no tênis realmente a gente precisa disso”, pontua Cleiton Rocha, pais dos atletas. “Quem puder ajudar, de empresa, porque o tênis demanda uns custos que o pessoal que não é do ramo não faz ideia, então quem puder ajudar ajude”, finalizou o instrutor de tênis da Casa de Portugal, Cleiver Gusmão. Para quem quiser conhecer melhor o trabalho da dupla, e contribuir com qualquer apoio, acesse o Instagram dos irmãos: @__sofia.rocha e @__artur.rocha