Os casos têm sido frequentes, ocorrendo bastante divulgação como forma de alertar as pessoas sobre as ações de estelionatários, mas muita gente continua desinformada e, por isso, tem perdido dinheiro para pilastras que se passam por parentes ou amigos das vítimas para lucrar. Nos dois casos mais recentes em Teresópolis, os bandidos lucraram mais de R$ 4 mil.
Em um deles, uma mulher, acreditou que estava conversando com o filho, que supostamente estaria precisando de suporte financeiro, e pegou um empréstimo de R$ 3 mil para ajudá-lo. No final, o dinheiro foi parar na conta de um golpista e a vítima só percebeu quando encontrou pessoalmente o familiar. Ela havia recebido e quitado um boleto no valor de R$ 2.998,00. No outro caso de estelionato, a vítima achou que realmente era uma grande amiga quem estava no ‘outro lado’ da conversa de WhatsApp e fez a transferência, via PIX, de R$ 1.200,00. Os dados das duas transações foram informados na delegacia.
Nesse tipo de crime, geralmente o estelionatário consegue nas redes sociais o telefone da vítima – visto que muita gente o mantém nessas páginas ou comenta em publicações que solicitam o contato, por exemplo, e depois faz o levantamento de quem são os familiares, copiando a foto de filhos, principalmente, para tentar conseguir o dinheiro fácil. O crime de estelionato tem sido o com maior número de registros na 110ª Delegacia de Polícia, com o crescimento proporcional ao avanço tecnológico. Com tantos aplicativos de conversa, páginas de compra e outras facilidades, os golpistas têm evitado os antigos ataques feitos em portas de agências bancárias ou lotéricas, diminuindo assim as chances de serem presos.
Ligue, faça vídeo
Nesse, e em qualquer caso onde o estelionatário se passe por alguém que você conheça, a dica é fazer uma ligação telefônica ou chamada de vídeo para confirmar que realmente se trata do filho, filha ou qualquer familiar supostamente em apuros. Na via das dúvidas, peça ajuda de algum representante das forças de segurança, principalmente as Polícias Militar e Civil, antes de realizar qualquer transferência ou pagar boletos enviados para o seu telefone. Outra dica é ficar atento ao jeito do familiar escrever, chamar por nomes carinhosos ou apelidos, por exemplo. O pilantra do outro lado da linha não saberá e chamará apenas de “mãe” ou “pai”.