Nas últimas semanas, uma onda de assassinatos em Teresópolis tirou o sono de moradores de alguns bairros e despertou a preocupação de boa parte da população do município. Porém, diferente de grandes capitais, onde as mortes têm motivações diversas, envolvendo casos de roubo e discussões, os casos registrados em Teresópolis têm tido uma espécie de conexão: a grande maioria, senão a totalidade, está relacionada a disputa por pontos de venda de drogas ou dívidas relacionadas à venda e uso de entorpecentes. E, mesmo com tantos jovens tendo a vida encerrada de maneira absurda, muitas pessoas ainda insistem nessa prática delituosa. No último fim de semana, por exemplo, mais três terminaram na 110ª Delegacia de Polícia acusados de envolvimento com a venda de drogas.
Na Rua Pastor Cassiano, também conhecida como Rua “A”, na Barra do Imbuí, policiais do Setor de Inteligência do 30º BPM (P2) chegaram a um adolescente de 16 anos denunciado por vizinhos por estar realizando o comércio de entorpecentes em via pública. Após um período em campana, observando a entrega de material e recebimento de dinheiro, os militares o abordaram e encontraram em seu poder 23 pinos de cocaína e R$ 252 em dinheiro, valor que teria sido obtido com a ação criminosa. O adolescente foi levado para a 110ª DP e depois encaminhado para a Vara da Infância e Juventude.
Na Rua Zenóbio da Costa, Perpétuo, equipes da P2 e PATAMO (Patrulhamento Tático e Móvel), também do 30º BPM, prenderam uma mulher de 28 anos e um homem de 39, acusados de envolvimento com a venda e uso de cocaína nas proximidades da quadra dessa localidade, uma das divisões do populoso São Pedro. A apontada como traficante foi a mulher, que, ao ser questionada, alegou que “estava apenas fazendo um adianto”. O homem estava de quatro pinos de cocaína, informando que havia comprado com ela. A dupla recebeu voz de prisão e foi levada para a 110ª DP, ficando a mulher presa por tráfico e o homem liberado para responder ao crime de posse e uso de drogas. Informações que possam contribuir com os trabalhos de investigação e prevenção de crimes podem ser passadas para os telefones 190 e 2742-7755. Não é necessário se identificar. O segundo número também funciona como Whatsapp, com sistema de criptografia que protege a identidade do denunciante.