Luiz Bandeira
Dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP) mostram que, mais uma vez, está alto o número de ocorrências do crime de estupro em Teresópolis. Segundo o levantamento, realizado nas delegacias de polícia, nos dois primeiros meses do ano foram registradas 17 ocorrências do crime de violência sexual no município, sendo oito em janeiro e nove no mês de fevereiro. No mesmo período do ano passado, foram oito no total, no primeiro bimestre. Infelizmente esses índices tendem a crescer já que neste fim de semana a Polícia Civil prendeu mais dois homens acusados de estupro de vulneráveis. O primeiro foi preso na sexta-feira, 31, um homem de 49 anos acusado de abusar sexualmente de duas crianças durante mais de cinco anos. As vítimas, segundo apurado, são suas enteadas e começaram a ser violentadas quando tinham apenas oito e 10 anos de idade. Ainda de acordo com o que foi comunicado na 110ª DP, elas demoraram a procurar ajuda porque sempre eram ameaçadas pelo autor. Agora uma delas resolveu entrar em contato com a polícia e conseguiu com que cessasse o bárbaro crime. Ao saber dessa informação, o Delegado Márcio Dubugras entrou com pedido de prisão no Judiciário e foi atendido na última sexta, partindo então para a residência do denunciado pelo crime de estupro de vulnerável. O homem não reagiu. Foi encaminhado para uma unidade prisional da Polinter, no Rio de Janeiro.
Nesta segunda-feira, 03, o Dr. Márcio falou com o Diário sobre as prisões por estupro e garantiu ações imediatas caso a polícia receba denuncia de crimes dessa natureza. “Na sexta-feira nós prendemos um padrasto que abusou por mais de cinco anos de duas menores e no sábado nós prendemos um outro estuprador, também um padrasto que abusou de três crianças, três enteadas. Elas eram abusadas desde muito pequenas. A gente percebe como existe crime de estupro de vulnerável aqui em Teresópolis, é impressionante, mas o fato das pessoas registrarem, como aconteceu nessa semana que nós tivemos mais dois registros, é a demonstração de que as pessoas estão tendo coragem. Tem que registrar, é o quê eu sempre falo pras pessoas. Vocês que foram vítimas de violência doméstica, de abuso sexual, vocês não estão sozinhas, nós estamos aqui pra ajudar vocês. Se vocês nos procurarem vocês vão perceber que em pouco tempo nós vamos prender essa pessoa, nós temos como prioridade aqui, proteger os vulneráveis. Então se uma mãe diz que o seu companheiro, o seu marido, abusou de uma filha, de um filho, nós vamos agir imediatamente pra prender essa pessoa. Então é muito importante que as pessoas nos procurem, nos noticie, porque pode ter certeza que a resposta vai ser praticamente imediata”, garantiu o Delegado.
Dubugras informou ainda que os dois estupradores foram transferidos para uma unidade prisional da Polinter no Rio de Janeiro. “A gente espera que esses caras mofem na cadeia. Que seja criada uma forma de submeter criminosos como esses, à castração química, porque isso não é uma pessoa normal que faz. É inconcebível um ser humano abusar de uma criança de seis sete anos de idade, isso é um absurdo! Isso é um marginal, ele comete um dos piores crimes que existe depois do homicídio, que é abusar de um ser vulnerável, um ser inofensivo que é uma criança”, pontuou o delegado.
