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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Mais uma promessa de reconstrução da Ponte do Madruga

Comunidade sofre com acesso precário e encostas que ameaçam cair a qualquer momento

Marcus Wagner

Moradores do 2º Distrito de Teresópolis que enfrentam diariamente a precariedade das ruas e acessos das suas comunidades agora alimentam a esperança de que a proximidade do período eleitoral faça brotar boa vontade dos políticos para atender às demandas que se arrastam há anos. A Granja Mafra, que sofre desde 2011 com o improviso da Ponte do Madruga, é o exemplo fiel dessa situação. Assim como aconteceu em 2014, representantes do governo municipal e estadual visitaram a localidade nesta terça-feira, prometendo resolver o problema com a construção de uma ponte permanente.
De acordo com informações do governo do estado, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras enviou uma equipe para Teresópolis nesta terça-feira, com o objetivo de avaliar as demandas em relação à Ponte do Madruga, interditada pela Defesa Civil. Ao lado do prefeito Vinícius Claussen, eles conversaram com moradores dos bairros de Granja Mafra e Brejal que só tem como alternativa fazer um deslocamento de mais de uma hora para chegar ao centro do município em estradas que também estão em péssimas condições. 
“Já teve várias promessas. Hoje veio aqui o secretário de obras, o secretário do governador veio também e olhou como está, prometeu dar uma solução daqui a três dias de como vai fazer a ponte”, contou Fernando Oliveira, morador da localidade onde também tem uma academia de jiu-jitsu para as crianças do bairro.
Neste encontro, foi feita mais uma promessa de solução para reconstrução da ponte, com previsão de resposta ainda esta semana sobre as ações que serão realizadas. A situação é de calamidade no local e se já estava perigoso, piorou com ações da prefeitura para dificultar a passagem de carros, abrindo um imenso buraco e levando um tronco de madeira que dá sustentação à passagem. 
“Da minha casa até aqui são 800 metros. A diferença de percurso são dez quilômetros. Se até as ruas estivessem boas, mas estão intransitáveis. Eu moro numa rua em que moram cerca de 500 pessoas, muitos idosos, tem deficientes físicos, muitas crianças e dia 3 agora já começam as aulas. Como vamos dar essa volta nesse período de chuvas com as ruas todas esburacadas?”, questionou Oliveira.
“É difícil porque a gente fica sem solução para resolver nossas coisas, precisamos passar aqui para carregar o que a gente produz nas plantações, não tem como passar. Só dá para passar a pé ou de moto e se arriscando. Não tem como passar carro e para quem mora aqui fica difícil. Eu moro aqui há mais de 50 anos, essa ponte era de cimento e a tragédia levou, fizeram uma provisória e desde então ficou assim”, destacou Antonio Carlos Lima.
Mesmo com essas barreiras, muita gente continua passando por ali e correndo muito perigo principalmente em dias de chuva, não só pela ponte precária, mas por toda a localidade que está abandonada há anos sem nenhum tipo de serviço de infraestrutura nas ruas e encostas que ameaçam ceder. Neste período chuvoso, muitos deslizamentos de terra e pedras estão na eminência de acontecer naquele entorno da ponte caso não sejam feitas contenções urgentes.
Só resta aos moradores confiar que o ano eleitoral seja inspirador para que os políticos tenham mais empenho em finalmente cumprir promessas. 
“Infelizmente eu ando meio desacreditado de político, porque sempre fazem muitas promessas. Tem muita coisa pra fazer. Tem uns que são bons, mas achar um que lute pelos pobres é muito difícil”, afirmou Antonio Carlos Lima.

Há anos quase nenhum dos pedidos dos moradores é atendido, mesmo com a realização de um programa onde o prefeito “visita as localidades”, e, com as chuvas fortes das últimas semanas, a situação se agravou. 

 

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Edição 28/03/2024
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