Nos nove primeiros meses do ano, 19 homicídios foram registrados em Teresópolis. Em 2023, foram 22 no mesmo período. Em comum entre os anos analisados, a motivação para quase que a totalidade desses crimes: o envolvimento com o tráfico de drogas. No último fim de semana, mais um crime do tipo entrou para a estatística da polícia. Um jovem residente na Fonte Santa foi baleado quando estava às margens da rodovia BR-116 e informou à polícia que acredita ter sido alvo de desafetos porque deixou uma facção criminosa que age atualmente na Quinta-Lebrão.
A tentativa de homicídio ocorreu nas proximidades de um mercado, onde a vítima relata que observou duas motos circulando perto da entrada da Portelinha, uma Honda CG Titan de cor vermelha e uma Fan preta “depenada”. Logo a seguir, um ocupante de uma das motos sacou um revólver e começou a disparar na sua direção, só parando porque a arma falhou. Nesse momento, o morador da Fonte Santa pulou em um rio e conseguiu escapar do bando. Ele foi baleado no lado esquerdo do peito, próximo à axila, precisando de atendimento no Hospital das Clínicas Constantino Ottaviano (HCTCO). Ainda segundo relato da vítima, momento antes dos disparos uma mulher se aproximou e fez uma foto com um telefone celular – provavelmente enviando para os comparsas e avisando sobre a localização. Tal mulher também teria ligação com o bando criminoso que age na Quinta-Lebrão. Nomes e pseudônimos dos supostos traficantes foram informados na 110ª Delegacia de Polícia.
Guerra do tráfico
As forças de segurança do município – Polícias Civil e Militar e MPRJ – têm realizado operações para desmantelar bandos criminosos, tendo prendido, recentemente, dois homens considerados líderes desses movimentos no município, um deles inclusive apontado como autor de várias mortes na região de Vargem Grande. Quando há mortes brutais, em sua totalidade elas têm ligação com a disputa por pontos de vendas de drogas.
“Quando acontecem fatos semelhantes aos últimos homicídios registrados na cidade, a primeira coisa que a Polícia Civil faz é justamente tentar identificar as pessoas e verificar se elas possuem anotações criminais, por ser crimes bárbaros nós de prontidão verificamos se a vitima tem alguma anotação anterior por trafico de drogas ou uso de drogas. Nos últimos casos de homicídio que ocorreram, nós averiguamos que as pessoas envolvidas tinham passagens com anotação por tráfico de drogas, então se percebe que a principal linha de investigação é justamente o envolvimento com esse delito em questão, seja por dívidas com a facção que pertence s ou assassinado por facções rivais”, declara o Delegado Titular da 110ª DP, Marcio Dubugras.