“Vai ficar melhor”. “Vai ficar mais barato”. “Teresópolis precisa desse serviço”. Foram muitas frases de efeito utilizadas pela gestão municipal nos últimos anos com o objetivo de “garantir que seria um bom negócio” realizar da forma que foi feita a concessão dos serviços de fornecimento de água e tratamento de esgoto no município – mesmo com o Tribunal de Contas do Estado indicando “grave lesão ao erário decorrente de irregularidades cometidas pela Prefeitura”. E, no final do primeiro mês de atendimento do Grupo Águas do Brasil em Teresópolis, através da subsidiária Águas da Imperatriz, foram muitas reclamações em relação ao atendimento e às tarifas aplicadas pelo serviço, isso contando que por enquanto nem entrou a cobrança pelo tratamento do esgoto. Ou seja, “nem ficou melhor” ou “mais barato”. Um dos muitos exemplos é o Bairro de Pimenteiras, que há dois meses sofre com o desabastecimento constante. Moradores relataram ao Diário que a situação crítica teve início nas últimas semanas da Cedae, foi assumida pela Águas da Imperatriz e, mesmo com 45 dias de ações da nova concessionária, nada mudou.
“Desde o dia 15 de dezembro de estamos sofrendo com a falta de água, como alguns outros bairros também. Isso se deve ao péssimo serviço que essa nova empresa Águas do Brasil, aqui em Teresópolis Águas da Imperatriz, tem deixado a mim e minha família e outras muitas famílias sem água há semanas, há meses. Aí você entra em contato, eles te atendem com uma burocracia desnecessária e ao fim do atendimento dizem que vão mandar uma equipe ao local e acaba que não mandam ninguém. Se mandam, não resolvem nada, diversas pessoas ligando e abrindo chamado, fazendo reclamações e ninguém faz nada. Já a conta, como sempre, eles vão mandar com toda urgência e rapidez, mas não estão se preocupando se estamos a mais de dois meses sem uma gota de água caindo”, enfatiza um morador da Rua São Carlos em contato com a nossa redação através do Diário Comunidade (WhatsApp 2742-9977).
Outro morador relata que nas poucas vezes que conseguiu um contato eficiente com a nova empresa, foi informado que estão trocando tubulações – isso sem avisar aos residentes em Pimenteiras sobre a necessidade de interromper o abastecimento. “Péssimo serviço, como previsto. Muita gente avisou, mas não quiseram acreditar. Era só ter visto o que está ocorrendo nas outras cidades onde essa empresa atua, cobra caro e oferece pouco. Além disso, o que chama atenção é dedicação que esse governo municipal teve para garantir que fosse vendida nossa água e as propagandas que fazem até hoje. Se esse governo se dedicasse tanto a melhorar a cidade como se dedicou para que fosse vendida a água, teríamos uma cidade maravilhosa”, pontuou a moradora Priscilla Lopes.
Nesta terça-feira (14), cobramos um posicionamento da Águas da Imperatriz sobre as reclamações do bairro de Pimenteiras. Porém, até o fechamento desta edição não recebemos resposta da demanda encaminhada para a Assessoria de Comunicação do Grupo Águas.
