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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Novo estacionamento rotativo nas ruas de Teresópolis

Previsão do governo municipal é voltar a cobrar pelas vagas em breve

Marcello Medeiros

Em solenidade realizada no auditório do Sesc Alpina na última quarta-feira (10), o prefeito Vinicius Claussen apresentou os números que encontrou na prefeitura quando assumiu o governo, em julho do ano passado, as soluções buscadas para alguns problemas e projeções sobre realizações para os próximos meses. E, entre as novidades que podem mudar consideravelmente a vida dos teresopolitanos em breve, está o retorno do sistema de estacionamento rotativo nas principais ruas do município. Além de garantir recursos para os cofres públicos, a retomada do sistema de taxação para utilização de vagas pode garantir melhor organização, impedindo a utilização de vias para o comércio de veículos, por exemplo, e aumentando as chances de se encontrar um local para estacionar na Várzea – o que pode contribuir com o movimento do comércio. A ideia é explorar a utilização de 2.500 vagas, a partir deste semestre. “Esses benefícios serão possíveis graças à Parceria Público-Privada (PPP) que será firmada para a implantação do sistema, à contratação de trabalhadores do município e ao aplicativo que será disponibilizado”, pontuou o prefeito em dados apontados em um dos slides.
Além da terceirização do serviço, pouco foi informado sobre como vai funcionar o novo estacionamento. Extraoficialmente, a reportagem do jornal O Diário de Teresópolis e Diário TV apurou que o sistema deve ser semelhante ao que é aplicado em grandes cidades, como São Paulo, e já é referência inclusive em municípios vizinhos, como Petrópolis, com a utilização de aplicativos de celular em alguns pontos e parquímetros em outros. Outro dado é sobre o tempo máximo de utilização, duas horas em cada vaga. Dessa maneira, aconteceria a rotatividade prevista para essa modalidade de estacionamento, impedindo que moradores da região central ou comerciantes de veículos ocupem o mesmo espaço durante todo o dia. Na manhã desta sexta-feira, por exemplo, registramos, somente no inicio da Avenida Delfim Moreira, 13 carros com indicação de venda, alinhados e “vigiados” pelos comerciantes.
Ainda não há informação sobre quais ruas e avenidas voltarão a ser fonte de renda para os cofres públicos, mas também apuramos que, por hora, Lúcio Meira e Feliciano Sodré não devem ser incluídas. Principais vias da região central, elas devem entrar no Plano de Mobilidade Urbana que está sendo debatido no Conselho da Cidade de outra maneira. Uma delas, já em utilização em dois pontos, é a criação de vagas onde só é permitido ficar estacionado por 15 minutos, com o pisca alerta ligado. Também é pensada a possibilidade de se impedir a parada em toda a extensão para a criação de mais uma faixa de trânsito.
Nas atuais circunstâncias também será preciso pensar um tipo de modalidade que ganha cada vez mais adeptos: comerciantes abrindo espaço na entrada de suas lojas para estacionamento e, dessa forma, impedindo a utilização das vagas nesses acessos.

Mais empregos, menos empregos
A retomada da cobrança pelas vagas em vias públicas deve criar empregos na empresa terceirizada que for escolhida pela gestão municipal. Porém, por conta da modernização do sistema, comum em qualquer lugar do mundo, não deve acontecer o mesmo volume de contratações de outrora, quando o sistema esteve sob a responsabilidade da secretaria municipal de Desenvolvimento Social.

Mais de 100 mil veículos emplacados
Pensar melhor o trânsito de Teresópolis é uma questão que já deveria estar em pauta há muito tempo. A cada dia, são mais veículos circulando nas mesmas ruas de décadas atrás. De acordo com o setor de estatísticas do Departamento Estadual de Trânsito, até junho passado o número de emplacamentos no município era de 102.180, sendo a grande maioria de carros de passeio, 63.731. Outros com grande volume são as motocicletas, 19.787; caminhonetes, 5.645; e caminhões, com 2.698. Devem ser somados a esse já preocupante número os veículos registrados em outros locais e cujos proprietários residem aqui e os dos turistas.
Com cada vez maior número de carros, motos e caminhões, em detrimento a meios de transporte coletivo ou incentivo a utilização de bicicletas, por exemplo, logicamente são reduzidas também as opções de estacionamento. Dessa forma, aqueles que não têm paciência para procurar por muito tempo ou não querem tirar dinheiro do bolso para pagar por áreas particulares, acabam se achando no direito de deixar seus veículos em qualquer lugar – muitas vezes atrapalhando consideravelmente a vida de centenas de pessoas.
Mesmo em locais com trânsito pesado, é comum encontrar a famigerada fila dupla ou carros dentro de esquinas, entre outros problemas. Com isso, acaba crescendo também o número de autuações da Guarda Municipal. Nos cinco primeiros meses do ano, foram aproximadamente cinco mil notificações e centenas de veículos rebocados para o Depósito Público Municipal, em Três Córregos.

 

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Edição 23/11/2024
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