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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Número de casos de estelionato cresceu 164% em Teresópolis em 2022

Dados do ISP-RJ indicam que média de golpes no município é 70% maior que a estadual

Luiz Bandeira

Teresópolis é reconhecidamente uma cidade tranquila, onde criminosos não se criam. Números de crimes violentos, como homicídios, assaltos, sequestros, latrocínios, entre outros de maior poder ofensivo, têm poucos registros, muito em função do bom trabalho realizado pelas forças de segurança que atuam aqui. Porém, há práticas criminosas onde esse trabalho policial, de prevenção e combate, não está intimidando a ação dos bandidos, até porque eles não se expõem tanto. Caso, por exemplo, do estelionato, infração que vem sendo muito praticada ultimamente em Teresópolis. Segundo o setor de dados do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP), que estuda as comunicações criminosas denunciadas nas unidades da Polícia Civil em todo o estado do Rio de Janeiro, de janeiro a outubro de 2022 houve um crescimento absurdo na comunicação desse tipo de infração na 110ª DP, totalizando 1094 casos de estelionato denunciados, um aumento de 164% se compararmos com o mesmo período de 2021.
A pesquisa mostra ainda que durante todos os meses pesquisados neste ano foram em média 109,4 comunicações de estelionato, com o mês de agosto sendo o de mais denuncias com 125 comunicações na 110ª DP. Quando fazemos um recorte da pesquisa comparando apenas o mês de outubro de 2022 com o mesmo mês de 2021, há um crescimento de 121,7%, com 56 casos a mais de um ano para o outro. É importante fazer esses comparativos com cidades vizinhas e com a média estadual, já que Teresópolis aparece nas estatísticas bem acima do estado, com um crescimento cerca de 70% maior. Previsto no artigo 171 do Código Penal, o estelionato é uma infração penal que envolve enganação, golpe, fraude e outras artimanhas ardilosas, a intenção principal do autor dessa infração é enganar para conseguir atingir o patrimônio da vítima.

Cuidados
É claro que o cidadão precisa tomar todos os cuidados durante todo o ano para não ser vítima de estelionato, mas agora com a chegada das festividades é importante reforçar a atenção. No fim do ano há sempre uma maior movimentação financeira, o trabalhador recebe o 13º salário, o comércio vende mais, o setor de serviços trabalha mais, a família comemora unida, sai às compras, presenteia, apronta a ceia, viaja, enfim todos movimentam muito mais dinheiro do que durante os outros meses do ano. Sabendo disso, os estelionatários produzem uma série de engenharias sociais para pegar aquele cidadão mais descuidado e eles são muito engenhosos e hábeis nessa prática. Os crimes de engenharia social são tão ou até mais comuns do que qualquer outro, envolvem 60% dos ataques cibernéticos, cresceram durante a pandemia e mesmo após o relaxamento das medidas restritivas, que obrigava a população a se voltar mais para realizar suas transações pela internet, os crimes desta natureza continuam a ser muito praticados. Ainda sobre estatísticas, o delegado Marcio Dubugras, titular da 110ª DP, enfatizou que dos boletins de ocorrência registrados na 110ª DP, atualmente, cerca de 60% se referem a crimes de estelionato e solicitou que a população fique atenta a atitudes suspeitas, especialmente na internet.

Atenção na internet
A vulnerabilidade da população não é causada só por desatenção ou falta de cuidado com a segurança em transações financeiras na internet, é também por que os golpistas se multiplicam a cada dia e a variedade de mecanismos que viabilizam golpes, acabam dificultando cada vez mais o trabalho da polícia para combater esses delitos. Os golpes que eram mais praticados pessoalmente, onde o criminoso atuava diante da vítima, atualmente são praticados com mais frequência nas redes sociais ou nos aplicativos de mensagens como o Instagram, Facebook ou Whatsapp e geralmente onde o estelionatário não se revela.
Agora é muito importante que a vítima faça a comunicação se por descuido sofrer com o crime de estelionato, para a polícia poder melhorar o combate aos criminosos que atuam enganando as pessoas. Muitos não querem fazer a denúncia por vergonha, por se tratar de pequenos valores ou ainda assumindo a culpa, que não é sua, de ter caído na conversa do golpista. Por tanto fique atento, certifique-se de todos os mecanismos de segurança possíveis e confie no trabalho da Polícia.

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Edição 18/05/2024
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