Vinicius Lisboa – Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro
Uma operação conjunta da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Receita Federal deflagrada hoje (2) no Rio de Janeiro prendeu 11 pessoas suspeitas de participar de um esquema de servidores da Receita Federal que cobravam propinas para evitar multas e custos tributários.
Foram emitidos 14 mandados de prisão, mas duas pessoas estão no exterior e uma encontra-se foragida.
As investigações apontaram que os suspeitos achacaram réus da Operação Lava Jato em busca de propina. Ao detalhar o esquema, os órgãos envolvidos reforçaram em diversos momentos que os servidores não participavam diretamente das investigações da força-tarefa da Lava Jato no Rio. A atuação se restringia a calcular fatos tributários descobertos pelos investigadores depois que essas informações já haviam se tornado públicas.
Sem mácula
O superintendente regional em exercício da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Tacio Muzzi, destacou que, "em relação à Operação Lava Jato, não teve qualquer mácula".
A operação de hoje contou 150 policiais federais e encontrou centenas de milhares de reais em espécie em diversos endereços ligados aos investigados. Inicialmente, havia 39 mandados de busca e apreensão, mas outros dois foram emitidos ao longo do dia.
O corregedor da Receita Federal, Christiano Paes Leme, disse que também serão abertos processos administrativos contra os servidores suspeitos de corrupção, que poderão ser exonerados e impedidos de voltar ao serviço público no futuro, mesmo se aprovados em concurso.