Nesta quarta-feira (09), foi realizada uma ação integrada entre a Águas da Imperatriz, Unidade de Policiamento Ambiental (UPAm), e agentes da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) da Policia Civil do Estado do Rio de Janeiro com o objetivo de desarticular um sistema de abastecimento de água considerado irregular e montado dentro da área do Parque Estadual dos Três Picos. Segundo a concessionária, a rede identificada como clandestina abastece cerca de 100 imóveis nas ruas Fernando Luiz Filho, Ita e Travessa Augusto Sevilha, no bairro Meudon. “Além de ser considerado crime, utilizar abastecimento por meio de fontes irregulares é um problema de saúde pública devido ao alto risco de contaminação da água que chega a essas residências. O objetivo da concessionária é conscientizar esses moradores sobre a gravidade do uso de fontes irregulares e a importância do abastecimento via rede com água tratada”, divulgou a concessionária, que substituiu a Cedae em Teresópolis pouco mais de dois anos atrás.
No sistema identificado dentro do parque administrado pelo governo estadual, a captação de água era feita com mangueiras que “não são apropriadas para uso potável, além de serem frágeis e facilmente perfuradas, favorecendo a entrada de sujeira, esgoto ou bactérias”, pontua a Águas da Imperatriz, que informou também já ter realizado a instalação de 300 metros de rede de água nas ruas Fernando Luiz Filho, Ita e Travessa Augusto Sevilha. “Nas últimas semanas, equipes estiveram no local e ofereceram aos moradores o abastecimento regularizado com água tratada.
Equipes técnicas estarão no local para fazer as ligações e regularizar o fornecimento de água tratada, via rede de abastecimento público”, informa ainda a empresa.

Canal de denúncias
A Águas da Imperatriz orienta que, ao identificar possíveis ligações irregulares ou fraudes no abastecimento de água, os moradores podem denunciar através de canais oficiais da concessionária. A denúncia pode ser feita de forma anônima pelo SAC 0800 773 1056 pelo Whatsapp (21) 97211 8064.
Fim das mangueiras pretas?
Não foi informado se outras ações visando a identificação e desmontagem de sistemas de captação em nascentes serão realizadas, mas, ao que tudo indica, as chamadas ‘mangueiras pretas’ devem ser melhor fiscalizadas pela atual concessionária – diferente do que ocorria na época da Cedae, que por muitos anos deixou de investir em Teresópolis. Essa questão, aliás, foi uma das mais debatidas nas audiências realizadas com o objetivo de ‘vender a água e o tratamento de esgoto’, com a população participando muito pouco, ou quase nada, dos debates que culminaram com a escolha de uma nova empresa para gerenciar esses serviços pelo período de 25 anos.