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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Parque Nacional prepara edital para contratação de brigadistas

Homens e mulheres poderão se inscrever para atuar na brigada de incêndio da unidade de conservação ambiental

Terceira mais antiga e uma das mais importantes unidades de conservação ambiental do país, o Parque Nacional da Serra dos Órgãos realiza anualmente a montagem de uma equipe fundamental para evitar prejuízos para fauna e flora: a da brigada de incêndio. Batizada de “PrevFogo”, a estrutura mantida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) é preparada para atuar no período de estiagem, quando a falta de chuvas faz com que qualquer pequeno incêndio tenha o risco de se desenvolver para uma grande catástrofe ambiental. Está em curso a preparação do edital que vai selecionar homens e mulheres para a turma de 2023. Ainda não foi divulgado o período de atuação, mas geralmente ocorre por seis meses e o processo seletivo é aberto para pessoas maiores de 18 anos, com ensino fundamental incompleto. No ano passado, foram cerca de 30 vagas, divididas entre Teresópolis e Petrópolis.

O brigadista florestal é responsável por prevenir e combater incêndios florestais, além de realizar outras atividades relacionadas à gestão ambiental

Geralmente os candidatos inscritos serão submetidos a Testes de Aptidão Física (TAF), entre eles o que consiste numa caminhada de 2.400 metros no tempo limite de 30 minutos, carregando uma bomba costal rígida com 20 litros d’água.  Os aprovados no TAF passam para uma próxima etapa, com um Teste de Habilidade no Uso de Ferramentas Agrícolas (THUFA), onde o candidato deve realizar uma capina de 15m² utilizando uma enxada, ou seja, será demarcada uma área  de 3 X 5 metros onde o candidato deverá concluir a limpeza da área no tempo máximo de 20 minutos.

O brigadista florestal é responsável por prevenir e combater incêndios florestais, além de realizar outras atividades relacionadas à gestão ambiental, como monitorar áreas de risco e adotar medidas preventivas, como abertura e manutenção de aceiros (faixas de terreno sem vegetação que impedem a propagação do fogo), a remoção de materiais combustíveis (como capim, folhas secas e galhos), e a orientação de visitantes e moradores locais sobre os cuidados que devem ser tomados para evitar incêndios. “Em resumo, o trabalho do Brigadista Florestal é fundamental para a proteção das áreas naturais e da biodiversidade, prevenindo e combatendo os incêndios florestais e promovendo a educação ambiental”, destacou o Parque Nacional da Serra dos Órgãos em suas redes sociais, informando para contato o e-mail sac.parnaso@icmbio.gov.br

Em setembro de 2017, após quase 30 dias sem chuva, mais uma grave ocorrência de incêndio foi registrada no Parque Nacional da Serra dos Órgãos

Histórico negativo
Nos últimos anos, o Parnaso registrou alguns prejuízos em consequência de incêndios criminosos, causados por visitantes, por cigarros jogados às margens de rodovias ou balões, por exemplo. Em setembro de 2017, após quase 30 dias sem chuva, mais uma grave ocorrência foi registrada no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. O fogo destruiu uma área do tamanho de aproximadamente 170 campos de futebol, atingindo montanhas acessadas pela BR-495, a Teresópolis-Itaipava. “As trilhas que levam para o Pilatos e Jacó, além de outras formações vizinhas, foram os locais mais afetados. A destruição só não foi pior por conta da ação dos brigadistas do PrevFogo (ICMBio) lotados no PARNASO, que contaram com o apoio do Corpo de Bombeiros. Além de reforçar a equipe da unidade de conservação, os militares cederam sua aeronave para transportar os combatentes para os pontos mais altos e de difícil acesso, agilizando a luta contra as chamas”, destacou O Diário na ocasião.
Nesse período o número de queimadas na região é bem alto, com o Corpo de Bombeiros anotando mais de uma saída para tal por dia. Geralmente o fogo tem início em margens de estradas ou propriedades vizinhas a florestas e encostas, tomando posteriormente locais de difícil acesso e consequentemente proporções quase que incontroláveis. Em 2014, por exemplo, grande área do Parque Nacional ficou completamente destruída.

Prevenção
Medidas preventivas podem reduzir muito o risco de fogo em matas e campos. Evitam-se assim incêndios altamente prejudiciais para a flora, fauna, solos, água, clima local e paisagem. Eles retardam e dificultam os processos de recuperação do ambiente. O Instituto Estadual do Ambiente (INEA) destaca as seguintes medidas preventivas no caso de propriedades rurais/entorno de lavouras:

– Retirar ou reduzir o material combustível (folhas, ramos, galhos, troncos, terra vegetal, frutos secos); – Abrir e manter aceiros limpos e desimpedidos;

– Não atear fogo em pastos e áreas abandonadas que não tenham limites bem aceirados e que não estejam sob fiscalização.

Podemos ter mais cuidado para que as florestas não sejam incendiadas, evitando:

– Queimar o lixo;

– Descartar pontas de cigarro acesas;

– Fazer fogueiras em acampamentos;

– Soltar balões;

– Jogar garrafas de vidro ou PET em locais públicos;

– Fazer queimadas para limpar pastagem e/ou plantio agrícola.

Edição 04/05/2024
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