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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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“Passarinhada” leva grande público ao Parque Montanhas de Teresópolis

Unidade de conservação ambiental abre as portas para prática de observação de aves e envolve também moradores da região

Marcello Medeiros

Com aproximadamente 350 espécies de aves catalogadas, Teresópolis é um lugar privilegiado para observa-las e fotografa-las. Em um município cercado de unidades de conservação ambiental e fragmentos florestais, elas podem ser vistas em todos os cantos, mas para realmente enxerga-las é preciso ficar atento. E, quando se fala dos parques, um deles alcançou o impressionante número de 334 espécies catalogadas, fazendo que interessados na prática de “Birdwatching” passassem a procurar cada vez mais o Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis, que tem investido nessa atividade como forma de estimular a conservação ambiental e valorização das localidades onde ele está inserido. No último sábado (24), quase 30 pessoas foram guiadas por Biólogos do PNMMT na sede Santa Rita, no Segundo Distrito, onde a riqueza da avifauna é um espetáculo à parte.

Araçari-banana (Pteroglossus bailloni)


“A gente está comemorando o oitavo ‘Vem Passarinhar nas Montanhas de Teresópolis’, evento que procura estimular que pessoas, moradores ou não do município, venham ao nosso parque observar a riqueza de aves que temos aqui. É muito importante, porque além de fomentar esse tipo de turismo, temos retorno para o parque com os registros que os visitantes fazem e o retorno para as comunidades do entorno do parque, que acabam recebem essas pessoas em suas propriedades posteriormente”, explica Vitor Cunha, Chefe do PNMMT. “Desde o primeiro, no ano passado, a gente vem percebendo que cada vez mais pessoas vêm participar, inclusive de fora. Hoje mesmo foram mais pessoas do Rio do que de Teresópolis mesmo”, completa o Subchefe da unidade de conservação, Ricardo Mello.

Pica-pau-dourado (Piculus aurulentus)


Além de catalogar, realizar pesquisas e publicações de livros relacionados ao tema, o Parque Montanhas tem investido em estrutura para atrair cada vez mais pássaros e, consequentemente, pessoas interessadas em conhecê-los e ajudar na sua conservação. Na sede Santa Rita foi criado um bonito espelho d´água para as aves com hábito aquático, uma torre para observação na altura da copa das árvores e farta sinalização com informações sobre espécies mais comuns naquele ambiente, sem esquecer que há duas trilhas com nomes de pássaros, a Jacu e a Tangará, justamente pela presença frequente das duas.
Na “passarinhada” do último sábado, diversas delas puderam ser fotografadas ou simplesmente admiradas pelos visitantes. “A gente divide o roteiro em duas partes, começando por um brejo, uma área alagada onde muitas espécies migratórias utilizam, como Tesourão do Brejo, Gavião Caboclo, Garibaldi, Japacanin, Tesourinha, Suiriri-cavaleiro, entre outras. Depois vamos para dentro do parque, onde vimos um show de um casal de Beija-Flor Rajado, Pica-Pau de Cabeça Amarela e Pica-Pau Dourado, Surucuá, Alma-de-Gato, Araçari-Banana, entre muitas outras”, destaca Ricardo Mello que, assim como o também Biólogo Vitor Cunha, utilizou uma caixinha de som para reproduzir a vocalização das aves e atraí-las para melhor observação, uma prática comum nessa atividade: “É muito mais do que ficar observando, às vezes a gente escuta e não consegue enxerga. Aí utilizamos o chamado para que venham mais próximo para serem observadas, fotografadas”.

Alma-de-gato (Puaya cayana)

Parceria
Depois de aproximadamente quatro horas de atividade, os visitantes passaram para a segunda etapa do projeto: conhecer uma das propriedades rurais que também investe em observação de aves e oferece almoço rural na região de Santa Rita, o Sítio Saíra Azul. “Nessa nova gestão o parque realente tem procurado se aproximar dos produtores, de quem mora no entorno. Quem abriu a porta para eles, sem receio, tem tido muitos benefícios. Já conseguimos receber várias pessoas para hospedagem, almoço rural, o day use observação aves com guiamento, pessoas dos Estados Unidos, da Inglaterra e muitos do Brasil. É muito bacana, pessoas que só nos conheceram através do programa do parque, é sensacional e várias propriedades podem ter ajuda para melhorar a fonte de renda com essa parceria”, enfatiza a proprietária Ester Farinha.

Curruira (Troglodytes musculus)
Suiriri-cavaleiro (Machetornis rixosa)
Sucuruá-variado (Trogon surrucura)
Pichororé (Synallaxis ruficapilla)
Pica-pau-de-cabeça-amarela (Celeus flavescens)
Coleirinho (Sporophila caerulescens)

Saiba mais
Instagram: www.instagram.com/pnm.montanhasdeteresopolis
Sede Santa Rita – Estrada de Santa Rita, 9000, Fazenda Alpina
Subsede Pedra da Tartaruga – Rua Pedro Mendes Silva Filho, 88, Granja Florestal

Sede Santa Rita tem investido em estrutura para atrais cada vez mais pássaros e visitantes. Fotos: Marcello Medeiros/Diário

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Edição 23/11/2024
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