Cadastre-se gratuitamente e leia
O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
em seu dispositivo preferido

Polícia Federal faz operação contra fraude em previdências municipais

Mandados de apreensão são cumpridos em cinco estados

 Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil – Brasília

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (15) a Operação Fundo Fake. É para combater “esquemas criminosos de gestão fraudulenta em institutos de previdência municipais, que atuam em diversos estados”. 

Setenta e um mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos por 200 policiais nos estados de Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Minas Gerais. Todos expedidos pela 3ª Vara da Justiça Federal, em Porto Velho (RO).

Segundo a PF, uma investigação feita em Vilhena (RO) identificou que o instituto de previdência da cidade de Rolim de Moura (Rolim Previ) contratou “por vários anos” uma empresa de consultoria financeira, na busca por indicações de aplicações financeiras para o fundo.

“Ao longo dos trabalhos, foi verificado que, logo após os investimentos do Rolim Previ nos fundos, boa parte do valor era repassada rapidamente para a consultoria e seus sócios. Tal prática é conhecida no mercado como “rebate”, informou, por nota, a PF.

Por meio desses “rebates” eram obtidos, em alguns casos, retornos de mais de 20% em relação ao valor investido. A consultoria então providenciava que parte dos valores chegasse a gestores do Rolim Previ, diz a Polícia Federal.

Efeito cascata
“Outro modus operandi dessas instituições financeiras foi criar diversos fundos de investimentos que aportavam valores entre si, como um efeito cascata. Dessa forma, as administradoras e gestoras desses fundos conseguiam multiplicar seus ganhos com taxas de administração, gestão e performance (essa quase sempre fraudada), criando uma espécie de dinheiro virtual e aumentando muito o risco dos investimentos, todos atrelados”, complementa a nota.

A PF estima, por meio de laudos periciais, que o prejuízo causado pelo grupo apenas à Rolim Previ chega a R$ 17,4 milhões.

Ainda segundo a PF, fundos administrados por uma das instituições investigadas receberam investimentos de 65 outros institutos de previdência, de várias partes do país.

Cerca de R$ 500 milhões de regimes próprios de previdência privada foram aportados nestes fundos fraudulentos, valor que já foi bloqueado pela Justiça Federal.

Um dos gestores do Rolim Previ já foi afastado. A PF informou que ele foi alvo de outras investigações, inclusive já tendo sido indiciado pelo mesmo crime de gestão fraudulenta.

Entre as medidas adotadas pelos investigadores está a suspensão de 18 CPFs (Cadastro de Pessoa Física) e CNPJs (Cadastro de Pessoa Jurídica), de forma a impedi-los de atuar no mercado financeiro.

Se condenados, os investigados podem responder por crimes contra o sistema financeiro nacional, corrupção ativa e passiva, e organização criminosa, além da lavagem de dinheiro.

Tags

Compartilhe:

Edição 30/04/2024
Diário TV Ao Vivo
Mais Lidas

Enel confirma que cortou energia da prefeitura de Teresópolis

Petrópolis promove seu primeiro festival literário internacional

Votação do projeto que recria Dpvat fica para 7 de maio

Feriado do Dia do Trabalho: veja o que funciona em Teresópolis

Eleições 2024: TRE esclarece dúvidas sobre prazos e regularização do título

WP Radio
WP Radio
OFFLINE LIVE